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Dia dos Namorados: 3 dicas sobre dinheiro para casais

Namoro é chance para treinar o planejamento financeiro porque a renda ainda não está tão comprometida com custos fixos de um lar e uma família

Dia dos Namorados: transparência nas finanças ajuda a atingir objetivos em comum sem pressionar o orçamento (Reprodução/Getty Images)

Dia dos Namorados: transparência nas finanças ajuda a atingir objetivos em comum sem pressionar o orçamento (Reprodução/Getty Images)

O Dia dos Namorados é uma das datas mais importantes para o varejo. Nessa época é comum que casais queiram demonstrar afeto por meio de presentes e surpresas. Mas muitos não conversam sobre planejamento financeiro e acabam lidando com as finanças de maneira desorganizada.

Estamos em um cenário de endividamento alto. Em maio 28,7% das famílias brasileiras estavam inadimplentes, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor. Portanto, é primordial que parceiros conversem sobre o assunto para que possam fazer melhores escolhas.

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Para Marina Rinaldi, especialista da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), existem algumas armadilhas para casais que não se planejam, como financiamentos e parcelamentos. Caso as parcelas não estejam adequadas ao orçamento conjunto, podem se tornar difíceis de pagar em um período como o atual, com inflação e juros altos.

Na visão da especialista, a fase do namoro é uma chance para treinar o planejamento financeiro porque a renda ainda não está tão comprometida com os custos fixos de um lar e uma família. "Geralmente, os custos essenciais são cobertos pelos pais, o que possibilita ampliar os investimentos", comenta.

"A principal vantagens dos casais é a possibilidade de ter uma renda composta por duas fontes. Ambos podem contribuir com um orçamento comum, impulsionando a geração de poupança e investimentos", completa a especialista.

Veja abaixo três dicas para os casais que querem ter domínio sobre as suas finanças:

Conheça o orçamento conjunto

É muito importante que haja transparência entre o casal sobre os ganhos e gastos individuais. O ideal é que cada parte se organize antes de iniciar o planejamento conjunto, detalhando a renda e despesas fixas e variáveis. Assim, será mais simples identificar gastos excessivos.

"É necessário que se defina um orçamento em conjunto, considerando as rendas disponíveis Depois, é indicado colocar um teto de gastos para as despesas e garantir a poupança para outros objetivos", compartilha Larissa Brioso, educadora financeira e líder de conteúdo da Mobills, plataforma de soluções financeiras.

Para Rinaldi, o planejamento dos gastos pode ser uma ferramenta para poupar e conseguir fazer aquisições à vista. Dessa maneira, é possível negociar melhores condições e obter descontos.

Tenha metas e objetivos em comum

Seja uma viagem, a compra de um bem, reformar uma casa ou construir uma família: todos os casais têm sonhos. E muitas vezes, se não todas, quem se planeja financeiramente tem mais tranquilidade para caminhar em direção aos objetivos.

As metas devem levar em consideração a capacidade de poupança e precisam ser incluídas no planejamento financeiro. Assim, fica mais fácil controlar os gastos e entender os próximos passos financeiros do casal.

"É preciso que o casal tenha metas definidas considerando também os desejos individuais. Até porque, caso contrário, isso pode ser um grande obstáculo para que uma das partes se envolva para a conquista do objetivo ou gere algum tipo de sentimento negativo na relação", conclui Brioso.

Como dividir as contas?

É comum que em um casal uma das pessoas ganhe mais do que a outra. Por exemplo, se uma das pessoas ganhar 50% a mais, é importante que ela arque com uma parte dos gastos correspondente ao seus ganhos.

preciso garantir que a estratégia seja pensada não somente de forma conjunta, mas também que ambos possam cumprir suas partes. Afinal, uma decisão de consumo exagerada do parceiro pode impactar negativamente o que foi planejado, e ainda prejudicar a relação a dois.", afirma Brioso, da Mobills.

Brioso comenta que é importante viver um degrau abaixo da renda para ter tranquilidade financeira. Dessa forma, é possível poupar parte da renda e direcionar o restante dos valores para objetivos e independência financeira no longo prazo. 

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