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Crédit Agricole também estuda compra do Société Générale

Segunda maior instituição financeira da França contrata dois bancos de investimentos para elaborar proposta

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O BNP Paribas não é mais o único a cobiçar o Société Générale (SG), depois que o banco foi vítima de pesadas perdas causadas por operações fraudulentas de um de seus funcionários. O Crédit Agricole, segundo maior banco da França em volume de ativos, também entrou na briga pelo SG, de acordo com o jornal francês Le Fígaro. O Crédit Agricole já teria contratado dois bancos de investimentos para auxiliá-lo na elaboração de uma proposta. Um deles é o próprio braço da instituição para atuar no setor - o Calyon & Lazard. A orientação é que a oferta seja apresentada amigavelmente. Uma opção do Credit Agricole seria comprar apenas uma fatia do SG, e não o seu controle.

Outra publicação francesa, Les Echos, especializada em finanças e negócios, afirma que o que mais atrai o Crédit Agricole são as áreas de banco de investimento, gestão de ativos e operações internacionais do SG. O Société Générale conta com 8,4 milhões de clientes de varejo na França e em mais 30 países. Sua atuação internacional concentra-se na Europa Central e no Leste Europeu, Mediterrâneo e África. O SG também possui 2.953 agências bancárias na França, que respondem por 7,5% do total do país.

Em 24 de janeiro, o SG anunciou prejuízos de 4,9 bilhões de euros com operações ilegais - trata-se da maior fraude da história no sistema financeiro. O golpe foi aplicado por um de seus operadores sêniores, Jérôme Kerviel. A situação do SG se complicou ainda mais com os efeitos da crise das hipotecas americanas sobre suas operações: o banco realizou uma baixa contábil de 2 bilhões de euros devido a prejuízos com o subprime (procedimento pelo qual um banco reconhece que o valor dos papéis em que investiu é menor que o que estimava).

Nesta quinta-feira (31/1), o BNP Paribas informou que estuda uma proposta de compra do concorrente. O SG não comentou o interesse do rival, mas afirmou que está disposto a estudar propostas amigáveis. Já o governo francês avisou, apenas, que não permitirá uma oferta hostil ao SG neste momento.

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