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Como os brasileiros vão usar o dinheiro do FGTS, segundo o Google

Buscas por FGTS em janeiro foram sete vezes maiores do que a média de todo o ano de 2016, de acordo com o levantamento

Mulher contando dinheiro (lzf/Thinkstock)

Mulher contando dinheiro (lzf/Thinkstock)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 20 de fevereiro de 2017 às 16h14.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2017 às 13h53.

São Paulo — Pesquisa do Google conclui que a maioria dos trabalhadores irá utilizar o dinheiro de contas inativas do FGTS para pagar dívidas ou investir. O levantamento foi feito com mais de 500 trabalhadores, entre homens e mulheres maiores de 25 anos.

O dinheiro poderá ser sacado a partir do dia 10 de março, conforme a data de aniversário do trabalhador. Tem direito ao saque todos os trabalhadores que encerraram um contrato de trabalho formal até 31 de dezembro de 2015, seja porque pediram demissão, foram demitidos por justa causa ou foram demitidos sem justa causa e optaram por não sacar o dinheiro naquele momento.

Enquanto 42% afirmam que vão utilizar o dinheiro para pagar dívidas, 20% dizem que vão aplicar o valor que poderá ser sacado até o mês de julho. Já 13% dos participantes do levantamento dizem que vão comprar produtos, 10% utilizarão o valor para abater ou quitar o financiamento, 10% para pagar estudos, 9% para viajar e 14% para outros objetivos.

Entre os entrevistados, 53% pretendem utilizar o dinheiro assim que ele estiver disponível. Segundo o Google, as buscas pela palavra FGTS no mês de janeiro foram sete vezes maiores do que a média de todo o ano passado.

Consultores aprovam

O comportamento da maioria dos brasileiros está de acordo com as recomendações dadas por especialistas em finanças pessoais. É consenso que os valores devem ser destinados, primeiramente, para o pagamento de dívidas, interrompendo o pagamento de juros que podem chegar a mais de 400% ao ano, caso do rotativo do cartão. 

Para quem não tem dívidas a pagar o conselho é investir o valor e criar uma reserva financeira. Neste caso, o recomendável é buscar uma aplicação mais rentável de acordo com o objetivo e grau de risco que esteja disposto a correr.

Deixar o dinheiro depositado no fundo não é recomendável. Isso porque os recursos vão render de 5% a 6% ao ano mais a Taxa Referencial (TR), abaixo da remuneração paga por diversos investimentos conservadores. A conta já considera a nova remuneração do fundo anunciada pelo governo no ano passado: atualmente, a remuneração paga pelo FGTS é de 3% ao ano mais TR e fica bem abaixo da poupança (veja onde investir o dinheiro das contas inativas do FGTS).

Além disso, após o dia 31 de julho, o dinheiro depositado em contas inativas somente poderá ser sacado pelas regras antigas do fundo, ou seja, se o trabalhador ficar três anos sem trabalho com carteira assinada, se aposentar ou utilizar o valor para dar de entrada na compra da primeira casa própria ou para abater as prestações do financiamento do primeiro imóvel. Portanto, vale a pena sacar o dinheiro para utilizar o valor para outros objetivos e quando for necessário.

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