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Bradesco pagará à vista correção dos planos econômicos para poupadores

Em dia 22 de março, começaram as adesões ao acordo entre a Febraban e poupadores sobre os planos Bresser (1987), verão (1989) e Collor 2 (1991)

Bradesco: Liberação dos recursos será feita aos poupadores que reivindicaram judicialmente as indenizações (Pilar Olivares/Reuters)

Bradesco: Liberação dos recursos será feita aos poupadores que reivindicaram judicialmente as indenizações (Pilar Olivares/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de maio de 2018 às 17h06.

São Paulo - O Bradesco confirmou nesta quarta-feira, 23, conforme antecipou na terça-feira, 22, o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), que pagará à vista a correção dos planos econômicos de 1980 e 1990 aos poupadores que reivindicaram seu direito judicialmente. O banco pagará as indenizações em uma única parcela, respeitando o cronograma estipulado no acordo firmado.

Segundo nota do Bradesco à imprensa, a liberação dos recursos será feita aos poupadores que reivindicaram judicialmente as indenizações, aderiram aos termos do acordo e indiquem o Bradesco para o recebimento.

O Itaú Unibanco foi o primeiro grande banco a anunciar a medida de pagamento à vista das indenizações, em março, para correntistas do banco que se enquadrassem nos critérios estabelecidos.

Já o Santander Brasil informou que fará a antecipação dos valores devidos aos poupadores, mas por meio de uma linha de crédito nos moldes das que os bancos oferecem para antecipação do 13º salário ou do Imposto de Renda, com custo de 1,49% ao mês. O Banco do Brasil também considera fazer algum tipo de antecipação aos poupadores.

Os bancos privados não abrem as provisões que possuem para planos econômicos. Tanto Itaú quanto Bradesco informam, em seu formulário de referência, que o colchão para demandas cíveis, que incluem as futuras indenizações, é superior a R$ 5 bilhões. Já o Santander contava, ao final de dezembro último com R$ 2,5 bilhões em provável risco de perda decorrente de passivos do contencioso cível. Conforme o banco explica em seu formulário de referência, esse valor está provisionado e o possível risco de perda relacionado a passivos decorrentes do contencioso cível totalizava R$ 1,3 bilhão.

O BB conta com R$ 4,5 bilhões em provisões para fazer frente ao pagamento aos poupadores. Já a Caixa Econômica Federal informou que 222 mil poupadores podem fazer a adesão junto ao banco público, num valor total de R$ 1,2 bilhão. Segundo a instituição, mais da metade vai receber até R$ 5 mil, patamar em que todos recebem os recursos de uma só vez. Ao final de dezembro, a Caixa somava cerca de R$ 1,5 bilhão para fazer frente às indenizações por conta dos planos econômicos.

Na terça, dia 22 de março, começaram as adesões ao acordo entre a Febraban e os representantes dos poupadores sobre os planos econômicos Bresser (1987), verão (1989) e Collor 2 (1991). O acordo estabelece que para valores de até R$ 5 mil, o poupador receberá em uma única parcela à vista. Entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, a indenização pode ser feita em uma parcela à vista e duas semestrais. Já acima dos R$ 10 mil, serão pagos uma parcela à vista e quatro semestrais.

"Apesar dos termos fixados neste acordo, sensível ao atual momento econômico, o Bradesco realizará todos os pagamentos à vista.Os poupadores e seus advogados deverão aderir ao acordo no portal oficial", conclui o banco, em nota.

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