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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
O tão almejado grau de investimento das agências de classificação de risco internacionais não levaria à disparada das ações no mercado brasileiro. A avaliação é do banco de investimentos Merrill Lynch, que acredita em uma valorização de apenas 2% para o Ibovespa quando a classificação for atingida.
O Merrill Lynch afirma que já existe a percepção de que o país não oferece mais o risco de dar calote na dívida. Esse selo, entretanto, já foi muito mais importante no passado do que seria hoje. Para o banco, o grau de investimento deve ser obtido ainda neste ano. A avaliação é a mesma do presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, que disse em entrevista a EXAME que o Brasil será elevado pelas agências em 2008.
Vários motivos explicam o otimismo do mercado com a economia brasileira. Em janeiro deste ano, o país passou a ser credor externo líquido. As reservas internacionais do Banco Central já alcançam quase 200 bilhões de dólares. Nos últimos meses, a inflação caiu e as taxas de juros foram reduzidas. Além disso, economia cresceu entre 5,2% e 5,3% no ano passado.
O fluxo de investimento direto estrangeiro no país quase dobrou em um ano, subindo para 37 bilhões de dólares. No Brasil, a maior parte é alocada em ampliação de negócios ou início de operações.