Ações para 2017: três papéis lideram as indicações para o próximo ano (Thinkstock)
Anderson Figo
Publicado em 26 de dezembro de 2016 às 05h00.
Última atualização em 26 de dezembro de 2016 às 05h01.
São Paulo - As ações do Itaú Unibanco (ITUB4), da BRF (BRFS3) e da Renner (LREN3) são as campeãs de recomendações para 2017.
Esses foram os papéis mais sugeridos pelas cinco corretoras que enviaram a EXAME.com suas carteiras recomendadas de ações com as indicações das empresas mais promissoras para o ano que vem.
Tanto o Itaú quanto a BRF e a Renner receberam três recomendações cada um. Dos 30 papéis citados, oito tiveram pelo menos duas indicações.
No geral, os analistas esperam para 2017 que as ações subam focadas na melhora dos fundamentos de cada companhia.
Segundo eles, a alta em torno de 30% da Bolsa brasileira neste ano refletiu expectativas políticas que se concretizaram, mas, agora, é hora de ver resultados.
Veja abaixo o que as corretoras falam sobre as oito ações mais indicadas para 2017. Foram avaliadas as indicações de Santander, Rico, Lerosa, Elite e Coinvalores.
Recomendaram: Lerosa, Elite e Coinvalores
A equipe de análise da Coinvalores mantém uma visão otimista para as operações da BRF. “Apesar dos deficitários volumes de vendas no mercado interno, a melhora constante apresentada em seu mix de vendas já vem propiciando melhora em seus resultados, que devem se intensificar ao passo que a economia volte a crescer”, disse.
A corretora destacou que a companhia deve realizar movimentos pontuais de aquisições no exterior, principalmente na Ásia. “Recomendamos a compra de seus ativos para investidores com foco no longo prazo, uma vez que a maturação de seus projetos e eventuais aquisições devem levar tempo para se traduzirem em resultado operacional.”
Recomendaram: Coinvalores, Rico e Elite
Segundo Roberto Indech, analista da Rico Corretora, as ações do Itaú foram indicadas pela perspectiva de que a retomada do crédito poderá impulsionar a economia nacional.
“Outro fator relevante é a possibilidade das taxas de inadimplência apresentarem um ponto de inflexão após piora nos últimos anos, especialmente se a taxa de desemprego começar a melhorar”, disse.
Recomendaram: Rico, Coinvalores e Elite
Para a Coinvalores, a empresa vem apresentando crescimento, tanto por conta de uma leve melhora na perspectiva para a economia quanto pelas manobras (adequação das despesas operacionais e estoques mais ajustados) que vem desenvolvendo e que irão surtir resultado nos próximos períodos.
“Vale comentar que a companhia recebeu a autorização do Banco Central para montar sua própria financeira, a Realize Crédito”, disse. “A companhia tem como projeção abrir em torno de 20 a 25 lojas Renner; 20 Youcom e 15 Camicados por ano. Consideramos que essa estimativa esteja bem confortável, haja vista que a empresa não é alavancada, podendo suportar um pouco mais de risco.”
Recomendaram: Lerosa e Elite
A Lerosa afirmou que a Ambev tende a não repetir os resultados considerados negativos pela maioria do mercado, impactando significativamente sua precificação.
A corretora destacou as ações da companhia voltadas à melhora nas vendas, resultando em receita maior, e ao conhecido controle de custos e despesas, que deve ser aprimorado para resgatar a “alta rentabilidade” da companhia.
Recomendaram: Lerosa e Elite
A Localiza, segundo a Lerosa, tem forte posicionamento estratégico, “com histórico de entrega de resultados robustos ao longo dos anos, devido ao modelo de negócios que possui e a visão estratégica de longo prazo visando rentabilidade.”
Recomendaram: Rico e Lerosa
Para a Rico Corretora, as ações da BM&FBovespa poderão ser uma das principais beneficiadas de todo otimismo com a economia brasileira, com a entrada de fluxo na Bolsa nacional.
Recomendaram: Santander e Lerosa
Segundo a Lerosa, a estratégia comercial da companhia de voltar sua produção às exportações tem gerado valor, “e a entrada em funcionamento do Projeto Puma a 100% da capacidade produtiva tende a reduzir a alavancagem da empresa, com grande geração de caixa.”
Recomendaram: Rico e Coinvalores
Para a Coinvalores, a companhia tem uma sólida base de ativos geradores de caixa que datam das primeiras concessões de rodovias nos anos 1990. “As tarifas de pedágio são reajustadas anualmente por inflação. Dessa maneira, a pressão inflacionária tem ajudado a companhia a entregar crescimento em sua receita”, disse.
“Vemos na CCR, uma das apostas mais seguras entre as empresas que se beneficiam das mudanças iniciadas pelo governo Temer, por contar com fundamentos bastante sólidos e ativos muito interessantes”, completou a corretora.
BB Seguridade (BBSE3)
Minerva (BEEF3)
Embraer (EMBR3)
Hypermarcas (HYPE3)
Raia Drogasil (RADL3)
Petrobras (PETR3)
Banco do Brasil (BBAS3)
Rumo (RUMO3)
Taesa (TAEE11)
Sabesp (SBSP3)
Kroton (KROT3)
Petrobras (PETR4)
Gerdau (GGBR4)
Vale (VALE5)
Ultrapar (UGPA3)
Alupar (ALUP11)
AES Tietê (TIET11)
Senior Solution (SNSL3)
Bradesco (BBDC4)
Grendene (GRND3)
Cielo (CIEL3)
Ecorodovias (ECOR3)