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Ações da JBS sobem com compra da Swift

Para analistas, negócio apresenta oportunidades de ganhos para a empresa e para os investidores

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

As ações da JBS, controlada da J&F e dona do frigorífico Friboi, operam em alta na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) após o anúncio da compra da americana Swift por 1,4 bilhão de dólares, realizado na manhã desta terça-feira (29/5) e antecipado ontem por EXAME. Às 12h54, as ações da JBS operavam com alta de 1,64%, a 7,43 reais. Ontem, os papéis já haviam registrado valorização de 3,97%.

A operação, segundo a J&F, criará a maior empresa do mundo no setor de alimentos de proteína de origem bovina e a maior alimentícia brasileira. Somados, os faturamentos de Friboi e Swift beiram os 23 bilhões de reais. Num primeiro momento, entretanto, as operações da Swift e da JBS não serão unificadas. Isso porque, atualmente, os resultados financeiros da Swift não são considerados bons - e isso poderia prejudicar o desempenho da JBS. Mas a J&F já adiantou em comunicado enviado à Bovespa que "não é intenção da J&F, tampouco dos seus acionistas controladores, a manutenção de negócio de carnes paralelo à JBS, pelo que a integração das atividades da JBS com as da Swift deverá ocorrer com a brevidade possível".

Segundo analistas, se a empresa conseguir concretizar as metas de melhora das operações da Swift no prazo desejado - cerca de um ano e meio - os retornos para os investidores poderão ser bastante atrativos. "Hoje, a margem de lucro da Swift está muito aquém da registrada por suas concorrentes nos Estados Unidos - e isso representa uma boa oportunidade de negócio", afirma um analista que prefere não se identificar. Em 2006, a margem de lucro da Swift foi de apenas 0,4%, ante a média de 3,7% do mercado americano.

Para tornar a companhia competitiva, a J&F enfrentará desafio semelhante ao vivenciado na Argentina. Em 2005, o grupo adquiriu as operações da Swift no país, contando com uma margem de lucro próxima de zero. Em apenas um ano, a margem de lucro da empresa subiu para 6% e, em 2007, a companhia espera que o indicador alcance dois dígitos. Os analistas ressaltam, porém, que há grandes diferenças entre os mercados argentino e americano. Portanto, nada garante que a estratégia adotada na Argentina terá sucesso nos Estados Unidos.

"Para os investidores restam duas opções: ou apostar na gestão da empresa e nos retornos que poderão ser gerados por esta estratégia, ou aguardar mais informações sobre o negócio e correr o risco de abrir mão de parte do rendimento", diz o analista.

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