As ações da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) abriram esta quarta-feira (31/1) com uma forte alta. Enquanto o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo, subia 0,43% por volta do meio-dia, os papéis da siderúrgica avançavam 5,48% (CSNA3), cotados a 68,45 reais por lote de mil. No período da manhã, foram realizados 1.626 negócios com as ações da CSN.

Isso mostra que, no curto prazo, a derrota da brasileira para a indiana Tata Steel na disputa pela anglo-holandesa Corus foi bem recebida pelos investidores. Havia o temor de que a CSN contraísse uma pesada dívida para comprar a Corus, o que comprometeria seu fluxo de caixa e seus resultados. No longo prazo, porém, a fusão a catapultaria da 50º posição para a 5º posição, no ranking das maiores siderúrgicas do mundo.

Por volta das 23 horas de ontem (30/1), a Tata Steel venceu a CSN no leilão promovido na Bolsa de Londres para decidir quem ficaria com a Corus. O último lance da brasileira foi de 603 pence por ação da Corus, o equivalente a 11,207 bilhões de dólares. A Tata revidou com uma oferta de 608 pence, totalizando 11,3 bilhões e batendo o grupo do empresário Benjamin Steinbruch.

Apesar de elevar a indiana à condição de quinta maior siderúrgica do mundo - hoje, ela é a 52ª - o negócio foi considerado caro pelos analistas. O resultado é que, enquanto os papéis da CSN sobem nesta quarta-feira, os da Tata amargam uma queda de 10,7% na Bolsa de Bombaim.