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Ações de construtoras podem ter chegado ao fundo do poço

As corretoras Fator e Santander afirmam que o pacote do governo e a queda dos juros darão novo ânimo ao setor

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

A corretora do Santander, que trabalha de forma independente do banco, acredita que as ações das incorporadoras já podem ter atingido o fundo do poço por três motivos: 1) Os papéis estão sendo negociados em média pelo valor patrimonial das empresas; 2) A taxa básica de juros iniciou trajetória de queda no mês passado; e 3) Não há uma bolha imobiliária no Brasil porque ainda existe muita demanda reprimida, o que reforça a percepção de que o ajuste dos lançamentos à demanda mais fraca será rápido.

No entanto, a corretora também não aposta em uma firme recuperação do preço das ações neste semestre. As vendas devem continuar fracas no curto prazo apesar das medidas de ajuda que serão anunciadas pelo governo. O analista Marcello Milman, da corretora do Santander, acredita que a venda de imóveis no Brasil caiu cerca de 40% entre o terceiro e o quarto trimestres de 2008. As construtoras responderam cortando os lançamentos, mas Milman acredita que, mesmo assim, a velocidade de vendas de imóveis deve cair cerca de 20% em 2009, o que pode ter efeito na margem de lucro das empresas. No entanto, a corretora acredita que todos esses fatores podem já estar precificados nas ações, que estão em média 65% mais baratas do que no começo de 2008.

O banco aconselha os clientes a comprar ações de empresas que estejam sendo negociadas por cerca de 80% do valor patrimonial e a realizar lucros quando esse indicador se aproximar de 150%. A corretora reduziu a recomendação das ações da Cyrela e da MRV de "compra" para "manutenção". Já os papéis da PDG, Rossi e Gafisa continuam com indicação de compra.

Pacote

Já a Fator Corretora acredita que o pacote imobiliário que deve ser anunciado pelo governo até o final de fevereiro e a queda dos juros podem dar um "novo ânimo" às ações do setor. A corretora aposta, entretanto, que o pacote vai beneficiar principalmente as incorporadoras voltadas para o segmento econômico (Tenda, MRV, PDG e Rodobens). As grandes incorporadoras que possuem exposição significativa ao segmento de baixa renda (Rossi, Gafisa e Cyrela) também serão beneficiadas, mas em menor grau.

A expectativa é que o pacote aumento o valor máximo do imóvel que pode ser financiado com recursos do FGTS de 350 mil reais para 500 mil reais, eleve o montante de subsídios para a compra da casa própria de 1,6 bilhão de reais para 2,6 bilhões de reais, reduza os juros de financiamentos imobiliários e crie de um fundo garantidor para honrar as prestações hipotecárias que deixarem de ser pagas. Além disso, pode haver redução de Imposto de Renda para as construtoras, isenção de IPI para materiais de construção e outras medidas tributárias.

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