7 atletas que perderam tudo
Entre gastos extravagantes e empreendimentos furados, saiba como esportistas que acumularam milhões pediram falência em poucos anos
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2011 às 09h22.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h34.
São Paulo - O que vem fácil vai fácil. Para muitos atletas profissionais, o popular ditado se confirma tão logo chega o momento de pendurar as chuteiras. Se a curta carreira esportiva pode render frutos generosos, os subsequentes anos de ostracismo mostram que os milhões acumulados não raro se transformam em pó.
Para se ter uma ideia, a associação dos jogadores da NBA divulgou em 2008 que 60% dos atletas profissionais de basquete vão à bancarrota depois de cinco anos como aposentados. Confira na lista seguinte, elaborada pela rede norte-americana CNBC, as figuras esportivas que ficaram de mãos abanando depois de desfrutarem de salários multimilionários, carros esportivos, mansões de cinema e viagens de luxo.
Para se ter uma ideia, a associação dos jogadores da NBA divulgou em 2008 que 60% dos atletas profissionais de basquete vão à bancarrota depois de cinco anos como aposentados. Confira na lista seguinte, elaborada pela rede norte-americana CNBC, as figuras esportivas que ficaram de mãos abanando depois de desfrutarem de salários multimilionários, carros esportivos, mansões de cinema e viagens de luxo.
As 19 primeiras lutas profissionais do famoso lutador foram ganhas por nocaute, a maioria delas ainda no primeiro round. O desempenho implacável de Mike Tyson lhe rendeu fama ao redor do mundo e uma infinidade de troféus. Ainda na década de 80, o atleta levantou o cinturão de campeão mundial na categoria peso pesado. Mas ao lado do sucesso, caminhava também sua conturbada vida pessoal. Em 92, Tyson foi condenado por estupro. A liberdade veio três anos depois, mas a volta ao ringue não devolveu ao boxeador o desempenho de outrora. Depois de morder um pedaço da orelha do adversário Evander Holyfield em 1997, Tyson foi desqualificado, tendo recuperado a licença para lutar um ano depois. Os títulos, entretanto, nunca mais voltariam à sua prateleira.
Ainda assim, o que o atleta ganhou no boxe deveria ser mais que suficiente para mantê-lo depois da aposentadoria. Segundo o jornal New York Times, essa soma ultrapassou 400 milhões de dólares. Mas o dinheiro ganhou outros fins ao longo do tempo: tigres de estimação, joias para os amigos, mansões, carros e festas regadas a dinheiro. O acordo de divórcio raspou 9 milhões da conta de Tyson. A pendência com o IRS, a Receita Federal norte-americana, chegou a 13 milhões. Em 2003, o astro foi à lona, pedindo falência à Justiça e proclamando uma dívida de 27 milhões de dólares.
Ainda assim, o que o atleta ganhou no boxe deveria ser mais que suficiente para mantê-lo depois da aposentadoria. Segundo o jornal New York Times, essa soma ultrapassou 400 milhões de dólares. Mas o dinheiro ganhou outros fins ao longo do tempo: tigres de estimação, joias para os amigos, mansões, carros e festas regadas a dinheiro. O acordo de divórcio raspou 9 milhões da conta de Tyson. A pendência com o IRS, a Receita Federal norte-americana, chegou a 13 milhões. Em 2003, o astro foi à lona, pedindo falência à Justiça e proclamando uma dívida de 27 milhões de dólares.
Os olhos do mundo se voltaram para Marion Jones nas Olimpíadas de Sydney em 2000. Com três medalhas de ouro e duas de bronze, feito inédito para mulheres na competição, Marion terminou os jogos como o grande nome do atletismo feminino. A derrocada começou quando o ex-marido da atleta confessou que ela injetara esteróides na barriga para incrementar sua performance. Depois de negar a prática por muito tempo, Marion enfim admitiu o uso das drogas em 2007, o que lhe custou todas as medalhas, prêmios, pontos e colocações conquistados desde então. Em 2008, ela foi condenada a seis meses de prisão por falso testemunho. Antes do imbróglio, a atleta chegava a ganhar 80.000 dólares por corrida, além de 1 milhão de dólares em acordos e patrocínios. Para pagar as despesas legais, Marion teve a hipoteca de sua casa de 2,5 milhões de dólares executada. Pelo mesmo motivo, a ela também foi obrigada a vender a casa de sua mãe.
A atribulada disputa por dinheiro com ex-mulheres fez o ex-jogador de basquete Kenny Anderson pendurar as chuteiras com um colchão bem mais magro. Durante sua carreira, o atleta engordou a conta em aproximadamente 60 milhões de dólares, jogando para nove diferentes times. Quando se separou da primeira esposa, Anderson perdeu metade do seu patrimônio e ficou incumbido de arcar com uma pensão para os filhos de 8.500 dólares por mês. Depois da vitória nos tribunais, Tami Akbar, a ex-mulher em questão, confeccionou inclusive uma placa de carro com os dizeres "HISCASH" (dinheiro dele). Mas as obrigações do jogador com dependentes não parou por aí. Atualmente, Anderson também custeia os gastos de outras seis crianças, duas ex-mulheres e sua mãe. Quando pediu falência, as despesas mensais de Anderson batiam em 41.000 dólares.
A patinadora Dorothy Hamill comoveu os Estados Unidos quando subiu no lugar mais alto do pódio nas Olimpíadas de Inverno de 1976. No mesmo ano, ela também levou para casa o troféu de campeã mundial de patinação no gelo. Foi o suficiente para torná-la queridinha entre os ianques e garota propaganda de produtos de cosméticos. O sucesso turbinou sua poupança e fez com que ela assumisse a Ice Capades, uma empresa de entretenimento e apresentações no gelo. Em 1993, Dorothy chegou a comprar a companhia. Apenas dois anos depois, a concorrência com o gigante Disney's World on Ice inviabilizou o negócio, que foi então passado para frente. Em 1996, Dorothy pediu falência.
O quarterback Michael Vick foi feliz nos contratos fechados ao longo da carreira. No Atlanta Falcons, o acordo foi de 62 milhões de dólares, acrescido de mais 3 milhões em bônus. A renovação por mais dez anos chegou a 130 milhões, fazendo de Vick o jogador mais bem pago da NFL, Liga Nacional de Futebol Americano. Tudo corria bem até Vick ser preso em 2007 por organizar rinhas ilegais de cães. Por dois anos, o atleta ficou sem receber os antigos - e polpudos - salários. Um lucrativo patrocínio da Nike também foi por água abaixo. Como resultado, Vick entrou com pedido de falência ainda na prisão federal.
Mais como conhecido pelos fãs como "Nails", Lenny Dykstra jogou baseball pelo New York Mets nos anos 80, sendo apontado como um dos responsáveis pela conquista do time do campeonato mundial em 1986. Nos anos 90, foi a vez do atleta pular para o Philadelphia Phillies. Quando a aposentadoria chegou, Lenny se dedicou ao ramo que mais tarde o levaria à falência: administração de finanças. O ex-jogador de baseball se tornou uma espécie de guru, assinando colunas de investimentos em jornais, assumindo a presidência de pequenas empresas e diversificando as aplicações em setores diversos. No fim das contas, nenhuma das empreitadas vingou. Recentemente, Lenny declarou 50.000 dólares em ativos e 50 milhões em dívidas. No fim de abril, o polêmico ator Charlie Sheen o salvou da prisão por sonegação fiscal, quitando uma fiança de 22.500 dólares.
Jack Clark começou a jogar baseball profissionalmente em 1975. Até o ano de 92, ele percorreu times como o New York Yankees e o Boston Red Sox. A carreira terminou em 92, mesmo ano em que ele pediu falência. Entre Ferraris e Mercedes Benz, nada menos que 18 carros de luxo figuravam na lista de bens declarados, sendo que o Clark só havia quitado o pagamento de um deles. Para liquidar as pendências, o atleta foi obrigado a se desfazer da sua casa de 2 milhões de dólares.