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20 melhores ações da bolsa

EXAME ouviu 35 analistas para saber quais são as melhores -- e as piores -- empresas na bolsa

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2010 às 20h55.

A euforia nas bolsas brasileiras trouxe questões novas -- e decisivas -- para o investidor. Afinal, quais os melhores papéis do mercado? Onde estão os maiores lucros futuros? E onde estarão as armadilhas? Escolher ações é quase uma arte, que depende de análise e informação. EXAME consultou 35 analistas -- a maior parte deles integrante do banco de dados da consultoria americana Thomson Financial, que reúne as estimativas para a bolsa dos maiores bancos e corretoras do país -- para saber quais papéis têm o maior potencial de valorização nos próximos 12 meses (veja nas páginas seguintes). Segundo eles, os setores mais promissores são os ligados ao consumo interno, como as redes de varejo, as empresas de internet e até mesmo as companhias de energia elétrica e saneamento. A seguir, as 20 ações mais recomendadas e as cinco que inspiram cautela por parte do investidor.

As ações para prestar atenção
As previsões dos analistas sobre o que comprar e o que vender nos próximos 12 meses

Para quem não quer correr risco
São ações de grandes empresas, consideradas as alternativas menos arriscadas do pregão

Usiminas PNA
Setor Siderurgia
Potencial de alta 48%

Suas ações devem subir com a perspectiva de a companhia ser comprada por um grupo estrangeiro. Além disso, a Usiminas tem conseguido lucrar com o aumento da demanda por aço no mercado interno, puxada principalmente pelas encomendas de construtoras e montadoras, o que compensa a queda nas receitas de exportação.

Bradesco PN
Setor Bancário
Potencial de alta 44%

Registrou lucro recorde de 3,1 bilhões de reais no primeiro semestre deste ano. Parte do ganho será distribuída aos acionistas na forma de dividendos, o que pode elevar o preço das ações em até 10%. Os analistas também acreditam que o banco conseguirá reverter o aumento da inadimplência e aumentar sua rentabilidade com o crescimento dos empréstimos às pessoas físicas.

Gerdau PN
Setor Siderurgia
Potencial de alta 36%

É uma das empresas brasileiras mais internacionalizadas, e isso deve levar a uma melhoria dos resultados nos próximos meses. A demanda por aço nos Estados Unidos, seu principal mercado no exterior, continua aquecida, em razão dos investimentos do governo em infra-estrutura. No Brasil, a Gerdau ganha com o aumento da demanda por aço vinda de setores como construção civil e automotivo.

Copel PNB
Setor Energia elétrica
Potencial de alta 33%

A ação está desvalorizada por temores de interferência política -- o chamado "efeito-Requião", referência ao governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB). A Copel é controlada pelo estado, que vem impedindo o aumento ou o reajuste integral de tarifas. Para os analistas, porém, o medo é exagerado, pois a Copel é uma companhia eficiente.

Itaú PN
Setor Bancário
Potencial de alta 33%

É o banco mais rentável do país, e lucra com o aumento do crédito às pessoas físicas. Além disso, ao concentrar seu mercado nos segmentos de renda mais elevada, o Itaú sofre menos com a inadimplência. Também espera-se um forte crescimento de suas receitas com cartões de crédito, já que o banco tornou-se o primeiro do ranking após ampliar sua participação na Credicard.

Petrobras PN
Setor Petróleo
Potencial de alta 33%

Tudo indica que o preço do petróleo continuará elevado e que a empresa repassará essa alta para os consumidores. É possível que o repasse não seja feito neste ano, devido à eleição, mas ocorrerá em 2007. Há, ainda, perspectivas de aumento da produção e de que a companhia consiga reverter o prejuízo de sua operação de gás natural, investindo em reservas no território brasileiro.

Ambev PN
Setor Bebidas
Potencial de alta 31%

Suas ações subiram menos que a média do mercado neste ano porque os investidores têm preferido aplicar em outras empresas ligadas ao setor de consumo. Nos próximos meses, porém, o interesse pelos papéis da Ambev deve crescer, dizem os analistas. A companhia ganha com a expansão da economia e o aumento da renda.

Para quem quer arriscar um pouco
Ações mais voláteis, mas que apresentam boas perspectivas de valorização

Copasa ON
Setor Saneamento
Potencial de alta 51%

Abriu capital neste ano, numa fase ruim do mercado e, por isso, o preço de suas ações está abaixo do potencial. Estatal controlada pelo governo de Minas Gerais, vem conseguindo mais concessões para fornecer sistemas de água e esgoto em cidades mineiras, o que deve aumentar suas receitas.

CPFL Energia ON
Setor Energia elétrica
Potencial de alta 42%

Considerada pelos analistas como a empresa mais bem administrada do setor, é pouco endividada. Vem conseguindo elevar o faturamento sem aumentar os custos, o que melhorou sua margem operacional. Além disso, espera-se que a demanda por energia elétrica cresça nos próximos meses em razão da expansão da economia e do aumento da renda.

Localiza ON
Setor Aluguel de veículos
Potencial de alta 42%

Um dos casos mais bem-sucedidos de abertura de capital dos últimos dois anos, sua operação -- de aluguel de carros -- é beneficiada pelo crescimento do fluxo de turistas estrangeiros e também pelo aumento da renda. A Localiza aumentou seu faturamento e seu lucro operacional no primeiro semestre e as perspectivas são de mais crescimento.

Guararapes ON
Setores Têxtil e varejo
Potencial de alta 37%

Controladora da Lojas Riachuelo, boa parte de seu resultado vem das operações de um bem-sucedido braço financeiro, que concede crédito aos consumidores. Esse departamento pode tornar-se uma financeira ou ser vendido para um banco nos próximos meses. A empresa também deve lucrar mais com o aumento das vendas, puxado pela inauguração de seis novas lojas e pela reforma de outras 20 unidades neste ano.

Submarino ON
Setor Internet
Potencial de alta 33%
Pretende usar os recursos levantados com o lançamento de ações para comprar outras empresas do setor, ganhar escala e ampliar sua participação no mercado. Também lucra com o aumento das compras pela internet, mercado que cresceu 50% no primeiro semestre deste ano e deve continuar em expansão.

Alpargatas PN
Setor Têxtil
Potencial de alta 25%

Dona de marcas como Havaianas, Rainha e Topper, vem aumentando o faturamento e o lucro de forma constante desde o ano 2000. O crescimento deve continuar em razão da expansão da economia e da renda dos consumidores. A Alpargatas também prepara a abertura de uma filial em Nova York, marco inicial de sua internacionalização.

Lojas Americanas PN
Setor Varejo
Potencial de alta 21%
Seu portal de comércio eletrônico vem apresentando resultados melhores que o esperado. Isso se deve ao aumento das vendas de produtos mais caros, como os eletroeletrônicos, e ao maior número de usuários de internet no Brasil. Também existem perspectivas de crescimento de receitas e lucros em suas lojas tradicionais, em razão do aumento da renda dos consumidores e da expansão da economia.


Para quem gosta de risco
Podem ser bons negócios, mas há perigo de queda no curto prazo

Cesp PNB
Setor Energia elétrica
Potencial de alta 85%
Controlada pelo governo paulista, deve 8 bilhões de reais. Recentemente, porém, começou a se recuperar, participando dos leilões de energia velha do governo federal. A expectativa é que a Cesp consiga apresentar um balanço lucrativo neste ano. Se isso ocorrer, o preço de suas ações vai subir.

Rossi Residencial ON
Setor Construção civil
Potencial de alta 71%

Suas ações não sobem desde a abertura de capital, ao contrário das de outras construtoras. A Rossi é vista pelos analistas como uma empresa com problemas de gestão. No entanto, como as ações estão baratas, especialistas acreditam que haja espaço para altas se ela inaugurar outros empreendimentos e mostrar que está lucrando com o crescimento do mercado.

Telemar (TNLP4)
Setor Telecomunicações
Potencial de alta 62%

O imbróglio de sua reorganização societária vem prejudicando o preço das ações. Há dúvidas sobre as conseqüências da reestruturação. Alguns analistas dizem que a mudança vai melhorar a empresa, mas outros afirmam que os acionistas minoritários serão prejudicados. Os papéis só sobem quando o cenário ficar mais definido, o que pode levar meses.

Sadia PN
Setor Alimentos
Potencial de alta 32%

O fracasso na compra da Perdigão frustrou os planos de expansão rápida da companhia. Existem, porém, perspectivas de aumento de receitas. A Sadia começa a se recuperar dos efeitos da gripe aviária e pode aumentar suas exportações se elevar os limites de venda para Estados Unidos e Europa -- a definição deve ocorrer nos próximos meses.

Aracruz PNB
Setor Papel e celulose
Potencial de alta 30%

Todo o setor vem sendo prejudicado em razão da alta do real em relação ao dólar. Agora, a perspectiva é que os preços internacionais do papel e da celulose subam, porque fábricas foram fechadas na América do Norte. Além disso, a Aracruz é umas das poucas empresas brasileiras que podem ostentar o "grau de investimento", concedido pelas agências de rating.

Gafisa ON
Setor Construção civil
Potencial de alta 20%

A ação subiu demais após a abertura de capital, em fevereiro. Em maio, porém, o preço despencou devido à crise que atingiu a bolsa brasileira. A Gafisa é considerada eficiente e bem administrada, mas a valorização das ações depende da venda de novos empreendimentos e do crescimento do setor imobiliário.

5 ações para vender
Estas os analistas não recomendam

Globex PN
Setor Varejo
Potencial de queda -41%

Controladora da rede de lojas Ponto Frio, apresenta poucas perspectivas de crescimento. Além de ter perdido espaço para a concorrência, está endividada e vem registrando perdas com a inadimplência. Na bolsa, é vista como arriscada porque, para os analistas, dá pouca atenção à governança corporativa e suas ações têm baixa liquidez.

Avipal ON
Setor Alimentos
Potencial de queda -14%

Teve prejuízo de 69 milhões de reais no primeiro semestre e queda nas receitas devido ao surto de gripe aviária, que derrubou os preços do frango, um de seus principais produtos. Houve alguma recuperação na sua operação de lácteos -- a empresa é dona da marca Elegê --, mas insuficiente para animar os analistas.

Emae PN
Setor Energia elétrica
Potencial de queda -6%

É vista como mal gerida. Estatal controlada pelo governo do estado de São Paulo, apresenta prejuízo financeiro e não tem perspectivas de crescimento. Ao contrário de outras empresas do setor, não se beneficiaria do esperado aumento da demanda por energia.

Souza Cruz ON
Setor Fumo
Potencial de queda -0,4%

O recrudescimento da campanha antitabagista e a queda dos preços do cigarro prejudicaram seus resultados. As exportações também diminuíram pela alta do real. Os analistas temem que os controladores fechem o capital.

Pão de Açúcar PN
Setor Varejo
Potencial de alta 10%
Uma das únicas ações de varejo que não ganham com o aumento da renda. As cotações estão abaixo da média do mercado há anos, pela estreita margem de lucro de suas operações, menos de 1%, sem perspectivas de melhora, segundo os analistas.
 

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