Exame Logo

10 tipos de promoções que é melhor evitar

Parece um bom negócio, mas pode até dar prejuízo. Escape das armadilhas dos preços baixos e faça uma boa compra

Homem desconfiado: Como driblar as armadilhas dos preços baixos e fazer uma boa compra (Freeimages.com)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2014 às 07h46.

São Paulo - Com o 13º salário em mãos, quem quiser fazer boas compras no final deste ano deve ficar atento para não gastar o dinheiro com promoções que podem se revelar verdadeiras ciladas.

Falsos descontos, juros zero e seguros empurrados na hora da compra são algumas das armadilhas que podem levar o consumidor a gastar mais do que o necessário.

Por isso, é preciso olhar mais do que a etiqueta para fazer um bom negócio. Confira a seguir dez tipos de promoção que você deve evitar e saiba como se prevenir.

1) Falsos descontos

Em épocas de liquidação, as placas vermelhas aparecem em grande quantidade e podem confundir os consumidores, mas é preciso ter cautela.

Alguns produtos simplesmente voltam a ser comercializadospelo preço que havia sido sugerido inicialmente pelo fabricante depois que os varejistas tentam vendê-los a preços muito altos, mas não encontram demanda suficiente.

O desconto pode até não existir, diz o consultor financeiro Mauro Calil. "A prática é comum no país. A etiqueta indica que o preço está 50% mais baixo, mas a camisa ainda custa, por exemplo, 240 reais. Será que o produto realmente vale o dobro desse preço, será que vale 480 reais? Ou a loja é muito cara ou a promoção não existe."

A pressão causada pelas ofertas com tempo limitado também pode levar o consumidor a não comparar preços e realizar a compra sem checar se o benefício é real.

Para avaliar se a compra realmente é vantajosa, vale a pena pesquisar lojas concorrentes para checar se os preços estão realmente mais baixos ou se a oferta trata-se apenas de uma estratégia de marketing da empresa.

2) Itens baratos, porém descartáveis

Um sapato ou roupa muito baratos podem parecer ofertas imperdíveis, mas, para se certificar de que a compra será um bom negócio é essencial verificar a qualidade do produto. Caso contrário, o comprador corre um grande risco de precisar repetir a compra em poucos meses.

Em alguns casos, um produto mais caro, mas com maior qualidade, pode valer mais a pena.

Calil diz que o consumidor deve refletir para avaliar quais tipos de compra merecem um investimento maior. "No caso de uma roupa de festa ou que será utilizada para trabalhar, pode ser mais interessante pagar mais por produtos duráveis".

Os gastos com produtos mais caros também podem ser feitos aos poucos para evitar descontroles no orçamento . "Um homem pode comprar um terno de qualidade por ano. Se cada um durar cerca de três anos, por exemplo, ao final desse período será necessário repor apenas o que foi adquirido primeiro. Esse hábito evita gastos excessivos e imprevistos".

3) Produtos usados que podem gerar gastos com consertos

Os objetos usados são mais um clássico exemplo de barganha que pode gerar prejuízos.

Dependendo do estado do carro usado , por exemplo, os custos de manutenção que o proprietário terá podem não compensar o desconto em relação ao carro zero-quilômetro . "Pensar apenas que o carro novo se desvaloriza mais não é motivo suficiente para comprar o carro usado. É necessário verificar as condições de uso", diz Calil.

O conselho também vale para a compra de um imóvel usado que exija uma grande reforma. "Nesses casos, o comprador deve colocar na ponta do lápis os gastos adicionais que pode ter e deve verificar se o desconto realmente compensa a dor de cabeça e os custos com a obra", afirma Calil.

A recomendação também vale para roupas ou outros produtos usados com pequenos defeitos que são vendidos com descontos. Antes da compra é necessário ponderar quais serão as despesas com o conserto e o risco de o produto ficar inutilizado por conta do problema.

4) Produtos que estão perto de vencer

Supermercados podem baixar preços de produtos perecíveis que estejam próximos da data de validade. Mas, antes de comprar, é preciso refletir se o alimento será de fato consumido dentro desse prazo.

Isso evita a compra de um produto que será usado parcialmente, já que a quantidade utilizada pode sair mais cara do que o preço do produto sem desconto.

5) Preços fixos que permitem consumir à vontade

Restaurantes que permitem aos clientes comer à vontade, como os rodízios, também podem ser uma cilada, assim como pacotes de serviços pelos quais se paga mais para consumir de forma ilimitada.

As ofertas de serviço ilimitadas a preços fixos pressionam o consumidor a gastar mais do que normalmente ele gastaria.

Se o serviço não for utilizado com frequência, ou se você comer no máximo três pedaços de pizza, pagar o preço do pacote ou do rodízio, pode ser o mesmo que jogar seu dinheiro no lixo.

6) Juros zero

Contratar um financiamento sem taxa de juros parece um ótimo negócio, masem muitos casos a taxa de juro não é descontada, apenas embutida no preço do produto. "O comprador deve preferir negociar um preço menor ao pagar à vista", diz Mauro Calil.

Além disso, mesmo sem juros, o financiamento pode ter multas e taxas altíssimas em caso de atraso no pagamento das parcelas.O comprador deve verificar quais valores serão cobrados pelo banco nesses casos. Caso sejam altos, o risco pode não compensar o benefício.

7) Descontos restritos

Descontos maiores do que 50% costumam ser anunciados em feirões de imóveis e de carros e em datas especiais para o varejo, como a Black Friday .

Mas, ao entrar na loja, é comum o consumidor se decepcionar ao verificar que o desconto era limitado a poucos itens, que já se esgotaram.

Como consequência, ele pode realizar uma aquisição que ofereça menos vantagens ou pode comprar itens que não precisa para compensar o deslocamento até a loja. "Dessa forma, a empresa consegue atingir seu objetivo, que é atrair o cliente para a loja, pois sabe que a maior parte das decisões de compra acontece dentro do ponto de venda", afirma Calil.

8) Combos

As ofertas do tipo combo têm um objetivo claro: fazer o consumidor gastar mais do que ele precisa.

Apesar de o pacote de produtos ou serviços realmente oferecer um preço mais vantajoso em alguns casos, o consumidor necessariamente irá gastar mais do que se comprasse apenas uma unidade ou contratasse um serviço com uso limitado.

Esse tipo de desconto só compensa caso o consumidor tenha certeza de que irá utilizar o item com frequência. "É o caso de fraldas para bebês, shampoos e produtos de limpeza", diz Calil.

A dica é calcular o preço médio das unidades para verificar qual é o real benefício da oferta. Dependendo do resultado, pode ser melhor dividir a compra para evitar uma pressão adicional sobre o orçamento pessoal .

O alerta também vale para ofertas que incluam brindes que serão rapidamente descartados ou não serão sequer utilizados. "O comprador deve se perguntar se realmente precisa do acessório", afirma Calil.

9) Tarifas reduzidas

Bancos podem oferecer recompensas, como tarifas reduzidas, para clientes que aplicarem seu dinheiro em investimentos oferecidos pela instituição financeira. Mas o rendimento que o cliente terá com a aplicação pode não compensar a economia com taxas.

Além disso, o cliente pode ter um alto custo de oportunidade ao deixar seu dinheiro investido em uma aplicação que está rendendo menos do que outros investimentos do mercado.

Em outras palavras, o dinheiro que ele deixa de ganhar em um investimento mais rentável pode não compensar os eventuais descontos nas tarifas.

10) Seguros "baratinhos"

Muitos vendedores tentam empurrar garantias estendidas e outros tipos de seguros "baratinhos" quando o cliente está finalizando a compra.

Mas é necessário refletir se o seguro é realmente necessário. "O produto pode ter garantia de um ano e a proteção adicional pode estender esse prazo por mais um ano. O consumidor deve verificar se o risco de problemas compensa o custo adicional",afirma Mauro Calil.

São Paulo – Existem diversas opções de investimentos para fazer o dinheiro trabalhar a seu favor. Mas, para conseguir tirar o melhor proveito do que o mercado oferece e dos recursos que você possui, é preciso investir com sabedoria. Mais do que isso, entender qual é a real complexidade das aplicações financeiras é essencial para evitar prejuízos que podem ser irremediáveis.Se mesmo para quem trabalha com investimentos o mercado financeiro se mostra bastante complexo, é certo que quem investe sem noção alguma do que está fazendo tem pouquíssimas chances de se sair bem.A pedido de EXAME.com, Paulo Bittencourt, diretor técnico da Apogeo Investimentos, e leitorassíduode livros de economia e finanças selecionou 10 livros que sãopontos de partida cruciais para quem quer começar a investir e deseja entender mais profundamente o universo das finanças .Veja a seleção edeixe seu comentáriocaso você tenha outras indicações.
  • 2. "Salve-se quem puder"

    2 /10(Divulgação Companhia das Letras)

  • Veja também

    Autor: Edward Chancellor “Uma sugestão para quem quer conhecer as principais crises econômicas, desde a Mania das Tulipas, de 1637. O livro é muito divertido e de narrativa agradável. Revela como podemos ser influenciados por bolhas e como somos manipulados facilmente. Foi publicado no final da década de 1990, mas ainda assim é bem atual. Como os capítulos são independentes, o leitor pode pular algum trecho sem comprometer o entendimento de outro” - comentário de Paulo Bittencourt
  • 3. "O Investidor Inteligente"

    3 /10(Reprodução)

  • Autor: Benjamin Graham “É um livro direcionado a investidores que desejam conhecer os pensamentos de Benjamim Graham - considerado o criador da profissão de analista de investimentos e guru de Warren Buffett, um dos mais bem-sucedidos investidores de toda a história -, sem entrar muito no mérito da sua paixão por análise técnica e modelos quantitativos. É uma obra básica para os investidores fundamentalistas, que desejam ganhar prêmios com análises profundas de empresas e setores. Não traz uma fórmula mágica de modelo para investir, mas revela como procurar investimentos com valor no tempo” - comentário de Paulo Bittencourt
  • 4. "Manias, Pânico e Crashes"

    4 /10(Reprodução)

    Autor: Charles P. Kindleberger "O livro apresenta um quadro histórico das crises e bolhas financeiras muito interessante. O leitor vai perceber que a frequência e dimensão dessas crises vai aumentando à medida que o sistema econômico baseado no Capital vai se ampliando pelo mundo. Não foi por coincidência que umas das primeiras crises descritas é a que ocorreu Holanda no início do Século XVII, onde havia um sofisticado mercado financeiro e mercantil. O autor demonstra como podem haver aspectos em comum em eventos tão distintos, mas com fundamentos muito semelhantes entre si" - comentário de Paulo Bittencourt
  • 5. "O Mercado das Crenças"

    5 /10(Raul Junior/EXAME)

    Autor: Eduardo Giannetti “‘O Mercado das Crenças’ é indicado para aqueles que desejam conhecer os desafios das estimativas econômicas e seu impacto nos investimentos. Faz uma crítica a certos aspectos das análises a que somos submetidos no dia a dia. Sob certo aspecto, faz uma avaliação fria sobre o mercado e sobre a eterna tentativa de se prever as tendências” - comentário de Paulo Bittencourt
  • 6. "Os Exuberantes Anos 90"

    6 /10(Germano Luders / EXAME)

    Autor: Joseph Stiglitz “O livro escrito por Joseph Stiglitz pode ser indicado aos investidores que desejam saber como a crise atual foi construída a partir da desregulamentação do mercado americano e como a bolha imobiliária já vinha se formando há tempos. É voltado a um investidor com certo conhecimento do mercado e dos fatos que ocorreram nestas duas últimas décadas” - comentário de Paulo Bittencourt
  • 7. "O Valor do Amanhã"

    7 /10(Divulgação/Divulgação)

    Autor: Eduardo Giannetti “Em ‘O Valor do Amanhã’ é feita uma análise muito profunda sobre a percepção das pessoas com relação às taxas de juros. É quase uma análise filosófica do tema.O livro mostra como a influência dos juros não se resume apenas ao mundo das finanças, mas, nas palavras de Gianetti, é presente ‘[...] nas mais diversas e surpreendentes esferas da vida prática, social e espiritual, a começar pelo processo de envelhecimento a que nossos corpos estão inescapavelmente sujeitos'. Segundo ele, a noção de juros "está inscrita no metabolismo dos seres vivos e permeia boa parte do seu repertório comportamental". O que o leva a refletir sobre as preocupações do cidadão brasileiro e o imediatismo presente em nossas relações, invocando questões como: ‘gastar dinheiro agora e pagar depois ou pagar agora e gastar depois?'” - comentário de Paulo Bittencourt
  • 8. "Iludido pelo Acaso"

    8 /10(Wikimedia Commons / YechezkelZilber)

    Autor: Nassim Nicholas Taleb "Neste livro, anterior ao já bem conhecido “Cisne Negro”, Nassim Taleb faz uma longa análise do mercado de ações e da fixação que os investidores possuem em encontrar padrões de comportamento que permitam 'prever' o preço futuro. O livro é repleto de bons exemplos de como facilmente nos convencemos de que certos fatos vão se repetir da maneira que desejamos" - comentário de Paulo Bittencourt
  • 9. "Finanças Comportamentais"

    9 /10(Divulgação)

    Autor: Aquiles Mosca "As nossas decisões de investimento nem sempre seguem critérios técnicos e lógicos. Pelo contrário, muitas vezes seguimos modelos mentais que se baseiam em premissas com viés pessoal e carregados de conceitos pré-formados. Aquiles Mosca procura desmitificar muitas dessas 'manias' dos investidores revelando como a intuição e as decisões de investimento com base em padrões passados podem levar ao fracasso dos nossos investimentos" - comentário de Paulo Bittencourt
  • 10. Agora veja os livros lançados em 2012

    10 /10(Dreamstime)

  • Acompanhe tudo sobre:gastos-pessoaisorcamento-pessoalPromoçõesrenda-pessoal

    Mais lidas

    exame no whatsapp

    Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

    Inscreva-se

    Mais de Minhas Finanças

    Mais na Exame