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Wall Street despenca com investidores evitando risco

O Dow Jones caiu 1,77 por cento, a 23.533 pontos, e o S&P 500 recuou 2,10 por cento, a 2.588 pontos

Wall Street: na semana, o Dow caiu 5,67 por cento, o S&P 500 caiu 5,95 por cento e o Nasdaq caiu 6,54 por cento (Brendan McDermid/Reuters)

Wall Street: na semana, o Dow caiu 5,67 por cento, o S&P 500 caiu 5,95 por cento e o Nasdaq caiu 6,54 por cento (Brendan McDermid/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de março de 2018 às 19h08.

Nova York - Wall Street despencou nesta sexta-feira, com mais de 1.000 pontos eliminados do Dow em dois dias, à medida que investidores, cada vez mais nervosos sobre uma possível guerra comercial entre Estados Unidos e China, se afastaram do risco antes do fim de semana e buscaram abrigo contra perdas maiores.

O Dow Jones caiu 1,77 por cento, a 23.533 pontos, o S&P 500 recuou 2,10 por cento, a 2.588 pontos, após atingir uma mínima intradia que ficou pouco acima de sua média móvel de 200 dias de 2.585 pontos.

O Nasdaq perdeu 2,43 por cento, a 6.992 pontos.

Na semana, o Dow caiu 5,67 por cento, o S&P 500 caiu 5,95 por cento e o Nasdaq caiu 6,54 por cento, registrando suas maiores quedas percentuais semanais desde janeiro de 2016.

Em uma sessão volátil, o S&P 500 quase alcançou sua média móvel de 200 dias, um nível técnico chave. O índice de referência também se aproximou de sua mínima de fevereiro, que marcou uma correção, fechando 9,9 por cento abaixo de sua máxima recorde de 26 de janeiro.

"Há preocupação sobre como a guerra comercial se pareceria. Investidores querem gerir seu risco. Se isso escalar rapidamente, poderia ser um grande revés para o mercado", disse Peter Kenny, estrategista sênior de mercado do Global Markets.

Os planos do presidente Donald Trump de impor tarifas em até 60 bilhões de dólares em produtos chineses aproximou as duas maiores economias do mundo de uma guerra comercial, à medida que a China declarou planos de tarifar até 3 bilhões de dólares em importações dos EUA, incluindo frutas e vinho, ainda que tenha pedido aos Estados Unidos que recuasse.

O Dow fechou em queda de 11,6 por cento na comparação com a sua máxima de 26 de janeiro e alcançou seu menor fechamento desde que confirmou uma correção em fevereiro.

O Índice de Volatilidade do CBOE, o medidor mais amplamente acompanhado de volatilidade esperada para o curto prazo no S&P 500, fechou em alta de 1,53 ponto, a 24,87 pontos, maior fechamento desde 13 de fevereiro.

(Por Sinéad Carew; reportagem adicional de Caroline Valetkevitch, Saqib Iqbal Ahmed, April Joyner e Sruthi Shankar)

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