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Volkswagen planeja investir até US$ 5 bilhões na Rivian; entenda o movimento

Os primeiros carros a terem todo o ecossistema da parceria chegarão partir de 2028

Com o investimento total, a Volks teria 25% da Rivian, superando a Amazon na fatia da companhia
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 27 de junho de 2024 às 08h49.

Última atualização em 27 de junho de 2024 às 09h42.

A Volkswagen, maior fabricante de automóveis da Europa, planeja gastar até US$ 5 bilhões em uma parceria de software para veículos elétricos com a Rivian, sediada nos EUA.

A união é a mais recente de uma série de acordos do presidente-executivo da Volkswagen, Oliver Blume, que assumiu o cargo em setembro de 2022 após a saída de Herbert Diess.

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Blume está fazendo acordos com a Xpeng na China e agora com a Rivian nos Estados Unidos para aproveitar a experiência em software de startups exclusivamente para carros elétricos que desenvolveram a tecnologia a partir do zero.

Segundo a Reuters, para essa parceria com a Rivian,a Volkswagen traz escala e fundos. O dinheiro investido permite que a Rivian desenvolva mais modelos e reduza custos operacionais ao alavancar o volume.

A Rivian traz sua propriedade intelectual para o software, que irá para modelos como o R2, e, mais tarde, para os carros do Grupo Volkswagen, de marcas como Audi, Porsche, Lamborghini e Bentley.

Os primeiros carros a ter todo esse ecossistema chegarão partir de 2028. Mas pode ser possível incorporar partes da tecnologia em modelos já estabelecidos. A Rivian já testou componentes da Audi para ver como podem ser combinados com a sua tecnologia.

A Volkswagen investirá até US$ 2 bilhões na joint venture 0 metade no final de 2024 e o restante no final de 2026. Os investimentos serão feitos por meio de acordos diretos de capital e empréstimo.

De acordo com a Reuters, o outro elemento é a Volkswagen investir diretamente até US$ 3 bilhões na Rivian, a serem distribuídos uniformemente entre 2024-2026.

Com base no valor de mercado atual da Rivian, um investimento de US$ 3 bilhões daria à Volkswagen uma participação de 25% na empresa norte-americana, colocando-a à frente do atual principal acionista, a Amazon.

Para a Volkswagen, o acordo traz tecnologia ligada aos carros elétricos de baixo custo e alto desempenho que as montadoras tradicionais têm lutado para dominar. A parceria também visa arrumar uma lacuna de trabalho na unidade de software do grupo Cariad – criada em 2020 para rivalizar a Tesla, mas que vem sendo marcada por atrasos e perdas para a Volks, em parte vistas como resultado da lentidão na tomada de decisões por parte da administração do grupo.

As ações da Volkswagen chegaram a cair 2,5% após o anúncio da parceria. Alguns analistas alertaram que pode ser difícil integrar a cultura de startup da Rivian com a estrutura multimarcas da Volkswagen, que é considerada mais lenta e rígida.

Já as ações da Rivian saltaram 23% na quarta-feira.

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