Vivo sobe 5% e Oi cai 11% após anúncio de novas parcerias
Acordo entre Teles movimenta ações: mercado não aprova parceria entre Oi e Portugal Telecom; Vivo lidera desempenhos positivos do dia
Da Redação
Publicado em 28 de julho de 2010 às 13h53.
São Paulo - No dia que promete trazer o capítulo final das negociações entre Portugal Telecom e Telefônica por uma fatia da brasileira Vivo, a maior empresa de telefonia móvel do Brasil é o destaque desta quarta-feira (28) na BM&FBovespa. As ações da operadora tiveram a maior alta do dia, com seus papéis preferenciais (VIVO4) valorizados em 4,5% às 11h40 e negociadas a 48,40 reais; os ordinários (VIVO3) tinham, no mesmo horário, alta de 10,9%, e eram negociados a 108 reais.
Na manhã desta quarta-feira, a espanhola Telefônica informou à Comissão Nacional de Mercado de Valores (CNVM) da Espanha o acordo de compra da fatia de 30% que a Portugal Telecom (PT) tinha da brasileira Vivo por 7,5 bilhões de euros (US$ 9,7 bilhões). A Vivo apresentou ainda, na noite de ontem (26), os resultados corporativos para o segundo trimestre de 2010, com lucro líquido de 236 milhões - um salto de 29,9% em relação ao obtido no mesmo período do ano passado.
Oi faz acordo com PT, mas ações despecam
As negociações previam também a eleição da Oi como nova frente da PT no Brasil, fato confirmado também na manhã desta quarta-feira em anúncio oficial. A reação das ações da operadora concorrente ao anúncio foi de forte desvalorização, chegando à queda de 11,23% em suas ações preferenciais (TNLP4) por volta das 10h40, negociadas a 37,26 reais, enquanto as ações ordinárias (TNLP3) perdiam 7,22%, negociadas a 28,39 reais no mesmo horário. São as duas maiores baixas do dia.
As ações preferenciais nível A da Telemar Norte Leste (TMAR5), controlada pela Oi, aparecem como a terceira pior performance do Ibovespa, em queda de 4,10% e negociadas a 50,35 reais.
A Portugal Telecom (PT) anunciou ao mercado também na manhã de hoje uma sociedade "estratégica" com a operadora brasileira Oi, que prevê aquisição de 22,38% da Oi com um investimento máximo de R$ 8,4 bilhões (3,65 bilhões de euros).