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“Venda em maio e vá embora” não deve funcionar em 2012

Padrões históricos podem perder a utilidade desta vez, alerta Citi

"Sell in May and go away" não deve ajudar em 2012 (Dreamstime.com)

"Sell in May and go away" não deve ajudar em 2012 (Dreamstime.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2012 às 09h20.

São Paulo – O bordão famoso dos mercados financeiros “Sell in May and go away” (Venda em maio e vá embora) pode não funcionar em 2012, alerta um relatório de estratégia de mercado do Citi. “Este ano, devido à queda registrada em março, os padrões históricos talvez não sejam muito úteis”, afirmam Jason Press, Nicolas Riva e Julio R Zamora, que assinam a análise.

A bolsa caiu 2% no mês passado. O movimento foi praticamente isolado do resto do mundo.

Ainda assim a renda variável segurou um primeiro trimestre de alegria, mas o início de abril tem sido traiçoeiro e talvez tenha antecipado em um mês o famoso jargão. A queda até agora do Ibovespa (IBOV) está em torno de 4,3%. O comportamento, desta vez, se reflete nos principais mercados internacionais.

México vs Brasil

Os comentários do Citi estão em uma análise que compara os mercados de ações do Brasil e do México e que revela um comportamento pouco comum nos últimos meses. O país da América do Norte teve um desempenho superior ao brasileiro em nove dos últimos 12 meses. Segundo o banco, na média dos últimos 10 anos, o Brasil teve uma performance mensal superior em 71 pontos-base. Incluindo os dividendos, a diferença salta para 86 pontos-base.


“Em dólares, apenas desde o início de março a performance do mercado de ações mexicano superou a performance do Brasil em 1.260 pontos-base”, calculam.

Os analistas continuam confiantes com a meta de final de ano e estimam o Ibovespa aos 77 mil pontos, o que sugere um potencial de valorização de 26%. Para o México, a projeção é de 42 mil pontos, um upside de 7%.

“A intervenção do governo na economia está em alta no Brasil. Em contraste, o México está buscando um câmbio e uma política de comércio internacional mais livres e poderia privatizar setores-chave parcialmente nos próximos anos. Como as coisas estão agora, no entanto, acreditamos que o mercado esteja descontando plenamente os erros da política brasileira”, ressaltam.

Apostas

Para os analistas, as principais ações para o Brasil são Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4), Brasil Foods (BRFS3), Tractebel (TBLE3), Iochpe-Maxion (MYPK3) e Localiza (RENT3).

E para o México as escolhidas são a América Móvil, Televisa, Asur e Banregio.

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