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Tupperware faz acordo para evitar falência e terá novos donos

Credores planejam comprar partes da empresa e sua marca; atualmente, a companhia tem mais de US$ 800 milhões em dívidas

A Tupperware entrou com pedido de concordata em setembro após anos de dificuldades com vendas fracas (Agence France-Presse/AFP)

A Tupperware entrou com pedido de concordata em setembro após anos de dificuldades com vendas fracas (Agence France-Presse/AFP)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 23 de outubro de 2024 às 08h23.

Última atualização em 24 de outubro de 2024 às 17h01.

A Tupperware concordou em vender seu negócio para credores em um acordo que preservaria sua marca e alguns de seus principais ativos, encerrando o processo de recuperação judicial.

Credores, incluindo Stonehill Capital Management, Alden Global Capital e uma mesa de operações do Bank of America, planejam comprar partes da empresa e sua marca.

"É um ótimo resultado para a Tupperware e seus stakeholders", disse o advogado Spencer Winters em uma audiência no Tribunal de Falências dos EUA na terça-feira. Ele acrescentou que o acordo permitiria que a marca histórica continuasse a existir, preservando empregos.

Os credores argumentaram que a Tupperware havia tentado — e falhado — vender-se antes e que a falência não mudaria sua capacidade de encontrar um comprador apropriado.'

Concordata em setembro

A Tupperware entrou com pedido de concordata em setembro após anos de dificuldades com vendas fracas.A empresa, conhecida por seus recipientes reutilizáveis ​​para armazenamento de alimentos, tentou se vender três vezes antes de entrar com pedido de falência.

As ações da Tupperware caíram quase 98% desde 13 de setembro, imediatamente antes da empresa pedir falência.

A empresa enfrenta mais de US$ 800 milhões em dívidas. Os credores que estavam lutando contra a Tupperware têm mais de US$ 460 milhões a receber, segundo documentos judiciais.

Com a proposta, que está sujeita à aprovação final do tribunal, os credores da Tupperware pagariam cerca de US$ 23,5 milhões em dinheiro e trocariam US$ 63,8 milhões em dívidas que possuem por partes da empresa e sua marca.

Uma audiência de venda está marcada para 29 de outubro.

Acompanhe tudo sobre:Recuperação Judicial

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