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Tupi deve valorizar ações da Petrobras, dizem corretoras

Estimativas de sócia da Petrobras apontam capacidade de até 30 bilhões de barris

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 10h58.

Se as estimativas do britânico de energia BG Group e do português Galp Energia, sócios da Petrobras no megacampo de Tupi, localizado na Bacia de Santos, estiverem corretas, as reservas brasileiras de petróleo terão forte crescimento nos próximos anos. O BG Group anunciou nesta quinta-feira (7/2) que elevou suas projeções para o campo de 1,7 bilhão a 10 bilhões de barris para 12 bilhões a 30 bilhões de barris.  Em seguida, a Galp enviou à Comissão de Valores Mobiliários de Lisboa um comunicado dizendo que concorda com as projeções de sua parceira.

A BG admite, entretanto, que nem todas essas reservas serão recuperáveis. A empresa afirma que suas estimativas estão em linha com as da Petrobras, que acredita ser possível extrair entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de Tupi. De qualquer forma, o megacampo deve levar a um forte crescimento das reservas brasileiras. Um levantamento da BP (ex-British Petroleum), uma das maiores petroleiras do mundo, mostra que no final de 2006 as reservas recuperáveis do país eram estimadas em 12,2 bilhões de barris, o correspondente a 1% da reserva mundial do produto.

A notícia foi bem recebida pelos analistas, que reforçaram suas recomendações de compra dos papéis da Petrobras. Às 13h15, as ações preferenciais da companhia eram cotadas a 80,95 reais na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), valorizadas em 2,72%.

Para a corretora Brascan, a descoberta do megacampo agrega cerca de 7,20 reais a cada ação da companhia, já considerando o alto desconto provocado pelo longo período até o início das operações em Tupi. A previsão é de que o campo entre em atividade apenas em 2013, tendo seu pico de produção em 2015 e 2016.

Além disso, explorar o campo não será fácil nem barato. Para extrair o petróleo que se encontra localizado em águas profundas serão necessários grandes investimentos, que elevarão consideravelmente os custos da Petrobras e de suas parceiras. "Contudo, o petróleo de Tupi é de excelente qualidade, o que lhe confere um valor de mercado maior do que a média do petróleo produzido pela Petrobras, o que deverá compensar, em parte, o acréscimo nos custos de produção", afirma a corretora Planner em relatório.

A Petrobras detém 65% do campo de Tupi, enquanto o BG Group conta com 25% de participação no negócio e a portuguesa Galp, 10%.

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