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Títulos dos EUA garantem ganhos em meio a impasse sobre acordo

Investidores ganharam uma fortuna, US$ 183 mil para cada US$ 10 milhões investidos no Tesouro

Como um prêmio para investidores em títulos, o governo vai reduzir os gastos em pelo menos US$ 2,4 trilhões. (Alex Wong/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2011 às 17h06.

Nova York - Com toda a ansiedade entre os políticos e o mercado sobre a elevação do teto da dívida do governo americano e a perspectiva do primeiro rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos, os investidores ganharam mais em julho com os títulos do Tesouro do país do que em qualquer outro mês do ano. Na verdade, ganharam uma fortuna, US$ 183 mil para cada US$ 10 milhões investidos.

Enquanto colunistas lamentavam a perda de respeito dos EUA diante de outros países, investidores da Argentina à Nova Zelândia participavam do mercado de US$ 9,34 trilhões de títulos do Tesouro, levando o rendimento dos papéis de dez anos para o menor nível desde novembro. Os títulos renderam 1,83 por cento em julho, cerca de três vezes mais do que os demais papéis do mercado de títulos soberanos, segundo dados do Bank of America Merrill Lynch.

“O mercado de títulos viu além do debate e entendeu que ele teria que ser resolvido”, disse Mark MacQueen, sócio e gestor da Sage Advisory Services, sediada no Texas, que tem carteira de US$ 9,5 bilhões. “O mercado esperava uma solução, um corte de gastos, que afeta o crescimento futuro, o que não é bom para ações, mas é bom para títulos.”

O Senado aprovou hoje o acordo que eleva o teto do endividamento dos EUA, atualmente em US$ 14,3 trilhões, pela 79ª vez desde 1960, evitando um possível default. Como um prêmio para investidores em títulos, o governo vai reduzir os gastos em pelo menos US$ 2,4 trilhões.

Taxa de juros

Mesmo com a elevação do teto da dívida evitando a inadimplência do Tesouro, ela pode não ser suficiente para assegurar a nota AAA dos papéis. O rendimento dos títulos mostra que os investidores também estão preocupados com as consequências da redução dos gastos na economia, que apresenta sinais de fraqueza em várias facetas, desde a atividade industrial até a geração de emprego.

Os contratos de juros futuros sinalizam que os operadores estão adiando a previsão para aumento do juro americano para 2013. O índice Standard & Poor’s 500 registrou perda de 2,03 por cento em julho, o pior desempenho desde agosto de 2010.

“Os títulos do governo dos EUA continuarão a ser vistos como um porto seguro, independente da nota de crédito”, disse Matthew Freund, vice-presidente sênior da USAA Investment Management Co., que gerencia cerca de US$ 50 bilhões em fundos mútuos. “Os EUA continuam a ser uma das mais fortes, mais dinâmicas economias no mundo.”

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Enquanto colunistas lamentavam a perda de respeito dos EUA diante de outros países, investidores da Argentina à Nova Zelândia participavam do mercado de US$ 9,34 trilhões de títulos do Tesouro, levando o rendimento dos papéis de dez anos para o menor nível desde novembro. Os títulos renderam 1,83 por cento em julho, cerca de três vezes mais do que os demais papéis do mercado de títulos soberanos, segundo dados do Bank of America Merrill Lynch.

“O mercado de títulos viu além do debate e entendeu que ele teria que ser resolvido”, disse Mark MacQueen, sócio e gestor da Sage Advisory Services, sediada no Texas, que tem carteira de US$ 9,5 bilhões. “O mercado esperava uma solução, um corte de gastos, que afeta o crescimento futuro, o que não é bom para ações, mas é bom para títulos.”

O Senado aprovou hoje o acordo que eleva o teto do endividamento dos EUA, atualmente em US$ 14,3 trilhões, pela 79ª vez desde 1960, evitando um possível default. Como um prêmio para investidores em títulos, o governo vai reduzir os gastos em pelo menos US$ 2,4 trilhões.

Taxa de juros

Mesmo com a elevação do teto da dívida evitando a inadimplência do Tesouro, ela pode não ser suficiente para assegurar a nota AAA dos papéis. O rendimento dos títulos mostra que os investidores também estão preocupados com as consequências da redução dos gastos na economia, que apresenta sinais de fraqueza em várias facetas, desde a atividade industrial até a geração de emprego.

Os contratos de juros futuros sinalizam que os operadores estão adiando a previsão para aumento do juro americano para 2013. O índice Standard & Poor’s 500 registrou perda de 2,03 por cento em julho, o pior desempenho desde agosto de 2010.

“Os títulos do governo dos EUA continuarão a ser vistos como um porto seguro, independente da nota de crédito”, disse Matthew Freund, vice-presidente sênior da USAA Investment Management Co., que gerencia cerca de US$ 50 bilhões em fundos mútuos. “Os EUA continuam a ser uma das mais fortes, mais dinâmicas economias no mundo.”

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