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Títulos da Lupatech caem junto a apostas em apoio do governo

Os títulos da Lupatech denominados em dólares, que não podem ser resgatados, acumulam uma rentabilidade negativa de 26 por cento este ano

Fábrica da Lupatech: os papéis da empresa caíram 60 vezes mais que a média para títulos de classificação similar na América Latina pelo critério de retorno total (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2012 às 07h53.

São Paulo - As chances de sobrevivência da Lupatech SA ficaram menores depois que a queda nos resultados e o fracasso na oferta de ações levaram ao limite o apoio do governo à empresa que presta serviços à Petroleo Brasileiro SA.

Os títulos da Lupatech denominados em dólares, que não podem ser resgatados, acumulam uma rentabilidade negativa de 26 por cento este ano após a queda para US$ 0,44 por valor de face, o menor nível em 11 meses.

Os papéis, cuja nota de crédito CCC está oito níveis abaixo do grau de investimento, caíram 60 vezes mais que a média para títulos de classificação similar na América Latina pelo critério de retorno total, segundo dados do Credit Suisse Group AG compilados pela Bloomberg.

Mesmo após o compromisso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social e do fundo de pensão Petros em socorrer a Lupatech com a compra de US$ 150 milhões em ações em junho, a empresa não conseguiu atrair outros investidores para a oferta de ações que terminou em 1 de novembro e levantou metade do esperado.

A presidente Dilma Rousseff está dando preferência a empresas que o governo apoia e permitiu a quebra do Banco Cruzeiro do Sul SA, o maior calote corporativo da América Latina em uma década, além de se recusar a socorrer a Rede Energia SA.

“Todo o plano de resgate deu errado e tudo o que eles conseguiram foi dinheiro de acionistas grandes e garantidos pelo governo”, disse Jansen Moura, analista da BCP Securities LLC, em entrevista por telefone do Rio de Janeiro. “Não há garantia de que esse processo vai continuar.”


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Mesmo após o compromisso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social e do fundo de pensão Petros em socorrer a Lupatech com a compra de US$ 150 milhões em ações em junho, a empresa não conseguiu atrair outros investidores para a oferta de ações que terminou em 1 de novembro e levantou metade do esperado.

A presidente Dilma Rousseff está dando preferência a empresas que o governo apoia e permitiu a quebra do Banco Cruzeiro do Sul SA, o maior calote corporativo da América Latina em uma década, além de se recusar a socorrer a Rede Energia SA.

“Todo o plano de resgate deu errado e tudo o que eles conseguiram foi dinheiro de acionistas grandes e garantidos pelo governo”, disse Jansen Moura, analista da BCP Securities LLC, em entrevista por telefone do Rio de Janeiro. “Não há garantia de que esse processo vai continuar.”


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