Super-ricos compram ouro por tonelada na crise
O bilionário George Soros descreveu o ouro como a "última bolha" porque ele custa caro para ser tirado da terra e não tem valor real
Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2010 às 07h52.
Genebra - As pessoas mais ricas do mundo responderam às preocupações econômicas com a compra de barras de ouro, algumas vezes por tonelada, transferindo ativos para fora do sistema financeiro, afirmaram bancos nesta segunda-feira.
Josef Stadler, executivo do UBS afirmou durante o Reuters Global Private Banking Summit que os temores sobre uma nova crise impulsionaram o apetite pelo ativo físico bem como ações de companhias de mineração.
"Eles não compram apenas ETFs ou futuros, eles compram ouro", disse Stadler, que dirige serviços do banco suíço para clientes que tenham pelo menos 50 milhões de dólares para investir.
O UBS está recomendando a seus maiores clientes manterem 7 a 10 por cento de seus ativos em metais preciosos como ouro, o que está caminhando para o décimo ano consecutivo de ganhos e negociado a cerca de 1.317 dólares a onça nesta segunda-feira.
Em um sinal das incertezas dos tempos, alguns clientes fazem até mais que isso.
"Tivemos um claro exemplo de um casal que comprou uma tonelada de ouro ... e a levou para outro lugar", disse Stadler.
Aos preços de hoje, essa encomenda seria avaliada em cerca de 42 milhões de dólares.
"Vejo o ouro como um seguro", disse Van Anantha-Nageswaran, chefe de investimentos da Julius Baer para a Ásia. "Eu recomendo um mínimo de 10 por cento em portfólio e qualquer coisa mais que isso para ser usado com propósitos de investimento, para responder a sinais de compras ou vendas excessivas de curto prazo", afirmou.
O bilionário George Soros, ecoando comentários do guru de investimentos Warren Buffet, no mês passado descreveu o ouro como a "última bolha" porque ele custa caro para ser tirado da terra e não tem valor real, com exceção do preço de mercado.
Mas os preços em ascensão do metal precioso têm em si mesmos gerado cada vez mais demanda de investidores que buscam uma maneira de se protegerem contra uma nova recessão. O ouro não tem rendimento e não é competitivo em um ambiente de aumento de taxas de juros.
Mas o cenário difícil para inflação, taxas de câmbio e crescimento global tem causado uma alta de cinco vezes em um fundo físico de ouro lançado um ano atrás pelo Pictet, informou o banco suíço.
Porém, nem todos os analistas estão recomendando exposição ao ouro.
Andreas Wolfer, diretor de private banking do UniCredit Group, atribui a alta nos preços do metal a investidores nervosos depois da crise financeira de 2008 bem como a preocupações sobre a dívida soberana da zona do euro.
"Acreditamos fortemente em uma alocação de ativos com um portfólio claro e diversificado, o que soa um pouco chato, mas no final traz os melhores resultados", disse Wolfer.
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Genebra - As pessoas mais ricas do mundo responderam às preocupações econômicas com a compra de barras de ouro, algumas vezes por tonelada, transferindo ativos para fora do sistema financeiro, afirmaram bancos nesta segunda-feira.
Josef Stadler, executivo do UBS afirmou durante o Reuters Global Private Banking Summit que os temores sobre uma nova crise impulsionaram o apetite pelo ativo físico bem como ações de companhias de mineração.
"Eles não compram apenas ETFs ou futuros, eles compram ouro", disse Stadler, que dirige serviços do banco suíço para clientes que tenham pelo menos 50 milhões de dólares para investir.
O UBS está recomendando a seus maiores clientes manterem 7 a 10 por cento de seus ativos em metais preciosos como ouro, o que está caminhando para o décimo ano consecutivo de ganhos e negociado a cerca de 1.317 dólares a onça nesta segunda-feira.
Em um sinal das incertezas dos tempos, alguns clientes fazem até mais que isso.
"Tivemos um claro exemplo de um casal que comprou uma tonelada de ouro ... e a levou para outro lugar", disse Stadler.
Aos preços de hoje, essa encomenda seria avaliada em cerca de 42 milhões de dólares.
"Vejo o ouro como um seguro", disse Van Anantha-Nageswaran, chefe de investimentos da Julius Baer para a Ásia. "Eu recomendo um mínimo de 10 por cento em portfólio e qualquer coisa mais que isso para ser usado com propósitos de investimento, para responder a sinais de compras ou vendas excessivas de curto prazo", afirmou.
O bilionário George Soros, ecoando comentários do guru de investimentos Warren Buffet, no mês passado descreveu o ouro como a "última bolha" porque ele custa caro para ser tirado da terra e não tem valor real, com exceção do preço de mercado.
Mas os preços em ascensão do metal precioso têm em si mesmos gerado cada vez mais demanda de investidores que buscam uma maneira de se protegerem contra uma nova recessão. O ouro não tem rendimento e não é competitivo em um ambiente de aumento de taxas de juros.
Mas o cenário difícil para inflação, taxas de câmbio e crescimento global tem causado uma alta de cinco vezes em um fundo físico de ouro lançado um ano atrás pelo Pictet, informou o banco suíço.
Porém, nem todos os analistas estão recomendando exposição ao ouro.
Andreas Wolfer, diretor de private banking do UniCredit Group, atribui a alta nos preços do metal a investidores nervosos depois da crise financeira de 2008 bem como a preocupações sobre a dívida soberana da zona do euro.
"Acreditamos fortemente em uma alocação de ativos com um portfólio claro e diversificado, o que soa um pouco chato, mas no final traz os melhores resultados", disse Wolfer.
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