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Super Quarta com Fed e Copom, queda do desemprego na Europa, balanços e o que mais move o mercado

Investidores aguardam nova alta de juros nos Estados Unidos; dúvida se esta será a última do ciclo de ajustes ainda paira no mercado

Jerome Powell, presidente do Fed (Andrew Harrer/Bloomberg)

Publicado em 3 de maio de 2023 às 07h36.

Última atualização em 3 de maio de 2023 às 08h15.

Os olhares de todo o mercado estarão no Federal Reserve (Fed) nesta quarta-feira, 3. A poucas horas da decisão de política monetária dos Estados Unidos, prevista para às 15h (de Brasília), investidores precificam que esta deverá encerrar a sequência de alta de juros nesta tarde com mais uma elevação de 0,25 ponto percentual.

Fed: a última alta?

Se confirmado, o ajuste colocará a taxa de juros americana no intervalo entre 5% e 5,25%. Para a decisão de junho, a probabilidade de mais uma alta foi reduzida a 0% nas curvas de juros.

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Entre os motivos que têm feito investidores abandonar a possibilidade de uma política monetária ainda mais dura pelo Fed estão os sinais de piora da economia americana

e os potenciais efeitos da quebra de bancos médios no sistema financeiro americano.

Mas ainda há incertezas no ar. Parte dos investidores sustentam que ainda é cedo para afirmar que esta será mesmo a última alta do Fed.

Economistas do Bank of America avaliam que o Fed deverá sinalizar nesta tarde que a política monetária está próxima de ser suficientemente restritiva. Mas eles não descartam a chance de uma nova alta em junho, a depender dos dados de inflação e do mercado de trabalho dos Estados Unidos.

Uma das peças importantes deste quebra-cabeça será revelada na sexta-feira, 5, quando serão divulgados os números do payroll.  Mas logo nesta quarta, investidores terão um gostinho do que está por vir, com a publicação pelo ADP da variação de empregos privados de abril.

Quanto mais fortes forem os números do mercado de trabalho e da inflação, mais duro tendem a ser os esforços do Fed.

Mínimo desemprego na Zona do Euro

Na Europa, ao menos, os números do mercado de trabalho seguem fortes. Divulgada nesta manhã, a taxa de desemprego da Zona do Euro caiu inesperadamente de 6,6% para 6,5%, retornando à sua mínima histórica. Abaixo da expectativa de manutenção do patamar anterior, os números embaralham ainda mais as cartas do mercado europeu, onde investidores ainda se perguntam se o Banco Central Europeu (BCE) subirá suas taxas em 0,25 p.p. ou em 0,5 p.p. na decisão desta quinta-feira, 4.

Copom à espera

O dia também será de decisão de política monetária no Brasil. A expectativa é de que o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), previsto para às 18h30, confirme a manutenção do atual patamar da taxa de juros Selic em 13,75%. Para economistas, ainda é cedo para o Banco Central começar a cortar juros, dado a deterioração das projeções de inflação futura.

"Isso provavelmente limitará o escopo para uma flexibilização precoce e agressiva da política monetária", afirmou o Goldman Sachs em relatório. O banco, no entanto, não descarta o "início lento de um ciclo de flexibilização até o terceiro trimestre".

Balanços: PetroRio, CSN e mais

Para esta quarta ainda está prevista mais uma onda de balanços do primeiro trimestre. Logo pela manhã, Klabin e CSN divulgam seus números. Investidores também regairão no pregão de hoje aos resultados divulgados na última noite. Entre eles, estiveram os da Intelbras (INTB3), Carrefour (CRFB3, leia sobre o resultado), RaiaDrogasil (RADL3), Arezzo (ARRZ3), Vulcabras (VULC3, leia sobre o resultado) e Iguatemi (IGTA3). Divulgam balanços nesta noite:

Ibovespa no último pregão

O Ibovespa fechou o último pregão em queda de 2,40%, em 101.927 pontos, pressionado pela queda das ações da Vale e Petrobras. O movimento seguiu as perdas do mercado internacional, cauteloso com a decisão do Fed desta quarta.

Desempenho dos indicadores às 7h40 (de Brasília):

Acompanhe tudo sobre:IbovespaJurosFed – Federal Reserve SystemCopom

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