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Efeito BIG: Carrefour Brasil tem prejuízo de R$ 113 milhões no 1º trim., o primeiro desde o IPO
CEO do grupo, Stéphane Maquaire, diz que integração está em ritmo acelerado e que conversões de lojas vão terminar seis meses antes do esperado
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Varejo: margem passou de 4,4% para 2,1% (Germano Lüders/Exame)

Publicado em 2 de maio de 2023 às, 19h45.
Última atualização em 3 de maio de 2023 às, 17h09.
Pela primeira vez desde 2016 – e, portanto, desde o IPO (em 2017) –, o Carrefour Brasil (CRFB3) registrou prejuízo líquido. Ainda com a digestão da aquisição do Grupo BIG, a varejista somou perdas de R$ 113 milhões considerando os números contábeis, ante R$ 370 milhões de lucro um ano antes. Se considerados ajustes, o prejuízo líquido foi de R$ 375 milhões ante R$ 421 milhões de lucro do primeiro trimestre de 2022.
Em grande parte, diz o CEO do grupo, Stéphane Maquaire, é reflexo do patamar elevado dos juros, que tem tido especial impacto após o aumento da alavancagem do grupo pela aquisição do BIG. "Não é prejuízo porque está considerando investimento. Certos investimentos feitos [em BIG] passam por opex", argumenta Eric Alencar, que assumiu como CFO do grupo no fim de março, após saída de David Murciano.
"Grande parte de todos os investimentos feitos no BIG passa pela linha de despesas. O Banco Carrefour também fez maior provisão de inadimplência", diz Alencar explicando os números do trimestre. No período, o Ebitda (lucro líquido antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da rede de supermercados ficou em R$ 1,03 bilhão, uma queda de 16,8%, incluindo o BIG.
Ainda de acordo com a empresa, a alavancagem com dívida adicional para conversão do BIG tem pressionado o lucro líquido, o que deve entrar em ritmo de queda a partir do segundo semestre. No primeiro trimestre do ano, a dívida líquida atingiu R$ 13,8 bilhões ou R$ 20,3 bilhões incluindo arrendamento e desconto de recebíveis, o que levou a uma alavancagem de 3,16 vezes.
Em abril, o grupo informou um acordo com a Advent e a Walmart, vendedores do Grupo BIG, para uma redução no valor total de até R$ 1 bilhão a ser ajustado pelo CDI. Na época da compra a empresa afirmou que apenas os ativos imobiliários do BIG valiam R$ 7 bilhões. Parte desse valor, cerca de R$ 300 milhões, deve entrar no balanço patrimonial do Carrefour a partir do segundo trimestre, diz a diretora de relações com investidores, Marcela Bretas.
Ainda de acordo com ela, os ajustes feitos pela aquisição já foram refletidos nos números do balanço do segundo semestre. "Não vai ter mais nenhum provisionamento relevante adicionais em relação a BIG. Conversamos com a Advent sobre o que achamos relevante e esse acordo foi o que achamos a figura mais justa", diz.
Integração do Grupo BIG está acelerada, diz CEO
Maquaire argumenta que a integração dos ativos do Grupo BIG está acelerada com as conversões de lojas previstas para até o fim de junho, "seis meses antes do cronograma inicial". Ao todo são 124 lojas convertidas para bandeiras do grupo Carrefour. "Fechamos muitos centros de distribuição e avançamos na integração de supply chain", diz o CEO.
Apesar do impacto negativo da linha de resultado financeiro, a direção da companhia defende que o resultado operacional do grupo, excluindo os ativos do BIG, vem mostrando resiliência, o que pode sinalizar volta de ganhos de margem após a maturação das lojas convertidas, a partir de 2025. No primeiro trimestre, R$ 146 milhões foram capturados em sinergias.
No consolidado, a receita do Grupo Carrefour totalizou R$ 27,1 bilhões no primeiro trimestre, um avanço de 30,7%. Segundo a empresa, o número é a combinação do crescimento de 5,7% em mesmas lojas (lojas com mais de 1 ano de funcionamento) do Atacadão e 5,7% em mesmas do varejo, excluindo as vendas dos postos de gasolina.
As margens, porém, passaram de 6,6% para 4,3% incluindo os números do BIG, mostrando que a aquisição ainda é complexa. Se excluído o BIG, a margem foi de 6,6% para 6,2%, sendo a diferença de 0,4 ponto percentual efeito do aumento de provisões no Banco Carrefour por causa de inadimplência.
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