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Spotify abre capital em meio à turbulência com empresas de tecnologia

ÀS SETE - Após escândalo com Facebook, empresas do ramo (Apple, Amazon, Netflix e Google) perderam cerca de 324 bilhões de dólares desde a metade de março

Spotify: a empresa deixa as ações flutuarem e permite que o mercado encontre um preço (Krisztian Bocsi/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2018 às 06h20.

Última atualização em 3 de abril de 2018 às 10h36.

A companhia de streaming de música Spotify faz uma tumultuada estreia na bolsa de Nova York nesta terça-feira. A oferta inicial de ações (IPO) acontece em um dos piores períodos para as empresas de tecnologia listadas nos Estados Unidos.

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As empresas da sigla FAANG — a rede social Facebook, a empresa de tecnologia Apple, a empresa de comércio eletrônico Amazon, a empresa de streaming de vídeos Netflix e a gigante da tecnologia Google — perderam cerca de 324 bilhões de dólares ( o equivalente a 1,07 trilhão de reais) em valor de mercado desde a metade de março.

A queda foi impulsionada por uma série de fatores que envolveram a revelação de que o Facebook divulgou os dados de mais de 50 milhões de usuários sem o consentimento deles para uma empresa e ainda os tuítes do presidente Donald Trump atacando as práticas da Amazon.

Como se não bastassem as adversidades do mercado, a abertura de capital do Spotify tem suas particularidades. A companhia escolheu a chamada listagem direta, processo em que não há um banco para atuar como “agente estabilizador” da oferta.

Não há um preço mínimo definido para as ações, a empresa deixa as ações flutuarem e permite que o mercado encontre um preço.

Nesse processo, todo o dinheiro captado vai direto para o bolso dos acionistas, sem nenhum capital novo para o Spotify. A técnica, geralmente utilizada para empresas menores, vai servir para uma companhia avaliada em 23,6 bilhões de dólares (78,5 bilhões de reais).

Ainda há dúvidas se o Spotify é capaz de concorrer com as gigantes Amazon e Apple. Investidores poderão fazer suas apostas nesta terça-feira. Como trunfo, a companhia sueca tem bons números operacionais: desde 2014, o faturamento da companhia cresce mais rápido que os custos necessários para pagar direitos autorais.

A margem bruta da empresa era de 16% em 2014 e, segundo suas previsões, deve bater 25% este ano. A dúvida é se um balanço em ordem é o suficiente neste momento de alta octanagem na bolsa americana.

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