Solavanco pós-Cade da BR Foods na bolsa gera oportunidade
Ações da empresa resultante da união da Sadia com a Perdigão recuaram 7% nesta semana
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2011 às 12h06.
São Paulo – A queda das ações da Brasil Foods ( BRFS3 ) nos últimos dias, provocada por conta do parecer da procuradoria-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que ameaça barrar a fusão entre Sadia e Perdigão, está abrindo uma oportunidade de compra para os investidores, sinaliza a equipe de pesquisa do Santander.
Em relatório, os analistas Gabriel Vaz de Lima e Luis Miranda reiteraram o preço-alvo de 40 reais para os papéis ordinários da companhia até o final de 2011. Isso representa um potencial de valorização de 37,64% frente à cotação de 29,06 reais vista no fechamento do pregão de ontem (11). A recomendação é de compra.
A equipe do Santander explica que a situação atual é bastante similar a ocorrida em junho de 2010, quando a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda emitiu sua posição sobre o acordo entre Sadia e Perdigão e as ações da Brasil Foods caíram 6%, para 23,30 reais, abrindo oportunidade de compra.
O Cade questiona ( leia o parecer ), principalmente, a ideia da Seae de licenciamento temporário mínimo de cinco anos de uma das marcas Sadia ou Perdigão, acompanhado de alienação do conjunto de ativos produtivos correspondentes à participação de mercado detida pela marca objeto do licenciamento.
A notícia provocou forte recuo nas ações. Os papéis da companhia contabilizam queda de 7,04% na semana, mas sobem 6,33% no ano. “É apenas uma recomendação de um dos conselheiros e faz parte do processo”, lembram Lima e Miranda, explicando que esta não é a decisão final do Cade sobre a união entre Sadia e Perdigão.
Em comunicado, a Brasil Foods minimizou o parecer e se disse confiante na aprovação da operação. “Ressalte-se que o parecer da procuradoria-geral do Cade não tem conteúdo decisório ou vinculante e trata-se apenas de mais um documento de auxilio ao julgamento da operação pelo Cade, que não está limitado aos seus termos”, disse o documento assinado por José Antonio do Prado Fay, diretor presidente da Brasil Foods.
Relevância
Em um estudo publicado em agosto de 2010, os analistas avaliaram nove casos polêmicos de fusão entre empresas, e constataram que o Cade não seguiu as recomendações dos conselheiros (procuradoria-geral) em cinco deles. Destes casos, dois eram do setor de alimentos e bebidas (AmBev e Unilever).
São Paulo – A queda das ações da Brasil Foods ( BRFS3 ) nos últimos dias, provocada por conta do parecer da procuradoria-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que ameaça barrar a fusão entre Sadia e Perdigão, está abrindo uma oportunidade de compra para os investidores, sinaliza a equipe de pesquisa do Santander.
Em relatório, os analistas Gabriel Vaz de Lima e Luis Miranda reiteraram o preço-alvo de 40 reais para os papéis ordinários da companhia até o final de 2011. Isso representa um potencial de valorização de 37,64% frente à cotação de 29,06 reais vista no fechamento do pregão de ontem (11). A recomendação é de compra.
A equipe do Santander explica que a situação atual é bastante similar a ocorrida em junho de 2010, quando a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda emitiu sua posição sobre o acordo entre Sadia e Perdigão e as ações da Brasil Foods caíram 6%, para 23,30 reais, abrindo oportunidade de compra.
O Cade questiona ( leia o parecer ), principalmente, a ideia da Seae de licenciamento temporário mínimo de cinco anos de uma das marcas Sadia ou Perdigão, acompanhado de alienação do conjunto de ativos produtivos correspondentes à participação de mercado detida pela marca objeto do licenciamento.
A notícia provocou forte recuo nas ações. Os papéis da companhia contabilizam queda de 7,04% na semana, mas sobem 6,33% no ano. “É apenas uma recomendação de um dos conselheiros e faz parte do processo”, lembram Lima e Miranda, explicando que esta não é a decisão final do Cade sobre a união entre Sadia e Perdigão.
Em comunicado, a Brasil Foods minimizou o parecer e se disse confiante na aprovação da operação. “Ressalte-se que o parecer da procuradoria-geral do Cade não tem conteúdo decisório ou vinculante e trata-se apenas de mais um documento de auxilio ao julgamento da operação pelo Cade, que não está limitado aos seus termos”, disse o documento assinado por José Antonio do Prado Fay, diretor presidente da Brasil Foods.
Relevância
Em um estudo publicado em agosto de 2010, os analistas avaliaram nove casos polêmicos de fusão entre empresas, e constataram que o Cade não seguiu as recomendações dos conselheiros (procuradoria-geral) em cinco deles. Destes casos, dois eram do setor de alimentos e bebidas (AmBev e Unilever).