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Síria reforça aversão a risco e Bovespa cai

A Bovespa mostra volatilidade na manhã desta quarta-feira, 28, diante do risco de um ataque à Síria


	Bovespa:  às 10h24, o Ibovespa operava em queda de 0,37%, aos 49.904,50 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bovespa:  às 10h24, o Ibovespa operava em queda de 0,37%, aos 49.904,50 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2013 às 11h49.

São Paulo - A Bovespa mostra volatilidade na manhã desta quarta-feira, 28, diante do risco de um ataque dos Estados Unidos e países aliados ocidentais à Síria. Algumas notícias esta manhã davam sinais, no entanto, de que os EUA poderiam preferir ser mais prudentes e aguardar mais um pouco antes de coordenar uma intervenção militar naquele país. Isso fez com que os futuros das bolsas em Nova York reduzissem perdas e passassem a operar de lado, enquanto a Bovespa abriu em leve alta.

O movimento, no entanto, perdeu força e, às 10h24, o Ibovespa operava em queda de 0,37%, aos 49.904,50 pontos, após oscilar entre a máxima de 50.340,10 pontos (+0,50%) e a mínima de 49,886,48 pontos (-0,41%).

Mais cedo, uma fonte disse que os EUA descartam uma ação militar unilateral contra a Síria e está consultando seus aliados sobre potenciais ataques punitivos que podem durar mais do que um dia, afirmou um graduado funcionário governamental nesta quarta-feira. Além disso, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu ao dividido Conselho de Segurança do organismo para se unir e levar a paz à Síria.

"A escalada da tensão afeta hoje todos os mercados e a bolsa brasileira não tem como escapar", disse há pouco um operador ao Broadcast.

Essa aversão a risco trazida pelo temor de uma intervenção militar no país árabe ofusca a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), especialmente porque uma alta de 0,50 ponto porcentual da Selic, para 9%, é esperada pela maioria no mercado. O pregão deve abrir ainda com investidores digerindo a fala da presidente Dilma Rousseff, que reforçou há pouco, em entrevista a emissoras de rádio, que a política do governo é de dólar flexível e não há meta para o dólar.


Dilma falou também quer o Brasil está entre os países do mundo com maior volume de reservas. "Temos bala na agulha", garantiu. Ainda na agenda doméstica, Dilma participa nesta manhã da cerimônia de posse do novo ministro de Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, disse ontem que as forças norte-americanas estão prontas para agir caso o presidente Barack Obama resolva atacar a Síria. Os EUA, o Reino Unido e a França já não têm dúvidas de que o presidente sírio, Bashar al-Assad usou armas químicas contra a população, deixando milhares de mortos.

As bolsas europeias também reagem mal ao resultado da confiança do consumidor da Alemanha, medido pela GfK. O índice, que reflete a expectativa um mês à frente, caiu em setembro ante agosto, de 7,0 pontos para 6,9 pontos, pela primeira vez em oito meses, e frustrando expectativa de aumento para 7,1 pontos. Em Nova York, o dia deve ser mais tranquilo nos negócios nas bolsas uma vez que o investidor já espera pelo resultado da segunda estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, que sai amanhã, e por causa do feriado prolongado do Dia do Trabalho, na próxima segunda-feira.

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