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Simino, da Funcesp, vê momento difícil para comprar ações

Diretor de investimentos da Fundação Cesp avalia com muita cautela o momento atual da bolsa brasileira


	Jorge Simino Júnior, da Fundação Cesp: "com um Ibovespa perto dos 46 mil pontos, claro que dá para comprar algo”, disse
 (Divulgação)

Jorge Simino Júnior, da Fundação Cesp: "com um Ibovespa perto dos 46 mil pontos, claro que dá para comprar algo”, disse (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2013 às 12h53.

São Paulo - O diretor de investimentos da Fundação Cesp (Funcesp), Jorge Simino, avalia com muita cautela o momento atual da bolsa brasileira. O gestor, que administra R$ 23,2 bilhões em recursos, mantém atualmente cerca de 20% desse valor alocado em ações e não está muito empolgado para aumentar essa fatia, mesmo com a forte queda do Índice Bovespa observada nos últimos meses.

Retornando a patamares de 2009, a bolsa brasileira apresenta, de fato, algumas oportunidades em ações e setores mais baratos. “Com um Ibovespa perto dos 46 mil pontos, claro que dá para comprar algo.”

Simino afirma que a Funcesp está comprando ações, “mas bem pouca coisa”. Isso porque, na visão do investidor, com todos os problemas da economia interna e as ameaças de rebaixamento do rating soberano do Brasil, criou-se “um imbróglio difícil de arrumar”.

A regra para a bolsa, segundo Simino, é a de “stock picking”, ou seja, uma seleção criteriosa das ações a serem compradas, baseada em uma análise dos fundamentos das empresas e das condições de mercado às quais elas estão submetidas.

O gestor acredita que a bolsa deva continuar orbitando no patamar atual ainda por alguns meses, embora esse equilíbrio seja frágil. “É só alguém falar alguma bobagem maior nos Estados Unidos, ou até por aqui, que o Ibovespa pode recuar até 40 mil pontos”, afirma. “Não acho que esse seja o cenário mais provável, mas a probabilidade não é nula.”

Simino participou hoje de seminário promovido pela revista Investidor Institucional.

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