Setor de turismo e companhias aéreas disparam com expectativa de vacina
Azul, GOL e CVC chegam a subir mais de 5%; movimento também é observado em bolsas internacionais
Guilherme Guilherme
Publicado em 11 de agosto de 2020 às 12h46.
Última atualização em 11 de agosto de 2020 às 17h55.
As ações de companhias áreas e de empresas relacionadas ao turismo fecharam em forte alta, após o anúncio de que a Rússia irá registrar a primeira vacina contra o coronavírus. Na bolsa brasileira, Azul , GOL e CVC subiram 8,45%, 7,07% e 6,54%, respectivamente. A fabricante de aviões Embraer também encerrou em alta, mesmo com a queda de mais de 1% do Ibovespa, o principal índice da B3.
“Apesar de todas incertezas sobre a vacina, este está sendo o principal gatilho para as altas, tanto que elas sobem em bloco”, afirma Gustavo Bertotti, economista da Messem.
Bruno Lima, analista de renda variável da Exame Research, ainda ressalta a valorização do setor em bolsas internacionais, como as americanas. Por lá, os papéis da American Airlines abriram em alta de 7,6%, mesmo já tendo subido 7% no pregão anterior, enquanto as ações da Boeing fecharam em alta de 0,4%, apesar da queda do mercado americano. As ações das redes de hotéis Hilton também encerraram com ganhos.
Nas bolsas da Europa, as valorizações foram ainda mais pujantes. Na Alemanha, a Lufthansa subiu 6,39% e, em Londres, a IAG, controladora da British Airways, dispara cerca de 8,43%.
Embora tenha ajudado a fortalecer as ações dos setores de aviação e turismo, um dos mais afetados pelas restrições de mobilidade impostas pela pandemia, a vacina russa tem causado desconfiança por parte do mercado, que questiona a eficácia e a transparência em seu desenvolvimento. “A vacina russa foi feita de modo meio obscuro, até por isso não anima tanto”, comentou Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus.