Semana começa tensa na Bolsa; Petrobras e Vale no vermelho
O cenário eleitoral voltou a dar o tom dos negócios neste primeiro pregão da semana
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2014 às 17h28.
São Paulo – O primeiro pregão da semana foi marcado pelo mau humor do mercado, que fez o <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/ibovespa">Ibovespa</a></strong> encerrar o dia em queda de 1,68%, aos 56.818 pontos.</p>
O cenário eleitoral voltou a dar o tom dos negócios nesta semana. Uma nota do blog Radar On-line, da Veja, revelou que o Aécio Neves tem afirmado nos últimos dias de que ele está subindo nas intenções de voto e que Marina Silva está caindo.
O discurso do candidato a presidente é baseado nos trackings feitos por encomenda do PSDB. Os trackings feitos pelo PT também vão na mesma direção. Segundo a coluna, alguns desconfiam “inclusive, de uma operação combinada entre o PT e a Vox para alavancar Aécio”.
As ações preferenciais da Petrobras encerraram o dia em queda de 1,5%.
Além das especulações sobre as eleições, os investidores também repercutiram o fato de que a mediana das expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 deu mais um passo em direção à estabilidade. De acordo com o Focus, a economia brasileira crescerá apenas 0,30% este ano ante projeção anterior de avanço de 0,33% e de expansão de 0,70% esperada um mês atrás. Esta é a 17ª semana consecutiva em que o mercado revisa suas planilhas para baixo.
Os economistas continuam a acreditar em alguma retomada da atividade no ano que vem, mas cada vez com menos força, já que a taxa mediana da Focus para o período recuou de 1,04% para 1,01%.
Vale
As ações preferenciais da Vale também amargaram um pregão de fortes perdas, terminando o dia em queda de 4%.
Hoje, o preço do minério de ferro caiu abaixo de 80,00 dólares, mantendo-se nos menores níveis dos últimos cinco anos.
A tonelada do minério nos portos da China atingiu 79,80 dólares e já acumulam perdas de 40% em 2014. A queda do minério reflete a retração da economia chinesa e o excesso de minério estocado nos portos chineses.
JBS
A JBS, maior produtora global de carnes, adiou um plano para levantar 4 bilhões de reais com uma oferta pública inicial (IPO) de ações de sua unidade de carne de suína, aves e alimentos processados, disseram à Reuters duas fontes com conhecimento direto do assunto.
A JBS e os bancos estão receosos de que aumento da incerteza sobre o resultado da eleição de outubro poderia afetar a confiança antes das reuniões com potenciais investidores, segundo as fontes. A decisão marca a segunda vez que a JBS suspende o negócio desde junho. "Há muito barulho no momento", disse uma das fontes, que pediram anonimato.
As ações ordinárias da JBS fecharam em queda de 2,3%.