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Santander Brasil anuncia mudanças para estrutura de capital

Segundo banco, novo desenho vai otimizar a sua estrutura, deixando-a mais parecida com as dos principais concorrentes


	Agência do Santander no Rio de Janeiro: operação permitirá remunerar os acionistas 6 bilhões de reais, correspondente a 1,58 real por Unit 
 (REUTERS/Sergio Moraes)

Agência do Santander no Rio de Janeiro: operação permitirá remunerar os acionistas 6 bilhões de reais, correspondente a 1,58 real por Unit  (REUTERS/Sergio Moraes)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2013 às 08h36.

Rio de Janeiro - O Santander Brasil anunciou nesta quinta-feira mudanças na composição do capital, substituindo capital principal Tier 1 por capital complementar Tier 1 e Tier 2, desenho que segundo o banco vai otimizar a sua estrutura, deixando-a mais parecida com as dos principais concorrentes.

"Ao substituir um capital mais caro (ações) por um mais barato (capital complementar Tier I e capital Tier II), a operação melhorará a eficiência e a rentabilidade da estrutura de capital do banco, mantendo a mesma capacidade de crescimento do Santander no Brasil", disse a instituição, em nota à imprensa.

A operação permitirá remunerar os acionistas 6 bilhões de reais, correspondente a 1,58 real por Unit ou 0,015 real por ação ordinária e preferencial.

Nesse mesmo valor será realizada uma emissão de instrumentos de capital, por meio de notes em dólares no mercado internacional e com exclusividade de subscrição para os acionistas do banco.

A matriz do Grupo Santander reinvestirá, no Santander Brasil, 100 por cento do total da remuneração recebida, afirmou o banco. Além disso, garantirá a compra do total da emissão, o que significa que o investimento no Brasil será ampliado na medida em que os demais acionistas não exerçam essa opção, acrescentou.

O Santander tem tido, desde que fez oferta pública inicial de ações (IPO), em 2009, um nível de Basileia muito elevado e uma rentbilidade muito inferior em relação a seus pares. Com a mudança, a instituição pretende reduzir essa diferença.

"Após essa otimização, a composição da estrutura de capital estará mais alinhada aos demais 'peers do mercado'", disse o banco.

O índice de Basileia do Santander Brasil permanecerá no patamar atual, da ordem de 21,5 por cento, o maior entre os grandes bancos de varejo e superior ao capital regulatório mínimo vigente e ao da Basileia III.

O banco também decidiu implementar um plano de bonificação e grupamento das ações ON e PN, que não impactará o valor das Units, e que visa eliminar a negociação em centavos dessas ações, aumentar sua liquidez e reduzir os custos de transação para os acionistas, beneficiando seus detentores.

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