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Safra reduz preço-alvo da Positivo em quase 50%

Empresa está em uma posição desafiadora para competir com outras de escala global

O tablet Positivo Ypy 7 é a mais recente aposta da empresa e foi anunciado por 999 reais em sua versão mais simples (Divulgação)

O tablet Positivo Ypy 7 é a mais recente aposta da empresa e foi anunciado por 999 reais em sua versão mais simples (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2011 às 17h45.

São Paulo – O banco Safra reduziu nesta terça-feira o preço-alvo de 2012 das ações da Positivo (POSI3) em quase 50% - de 12,22 reais para 5,36 reais -, além de rebaixar a recomendação para desempenho abaixo da média do mercado (underperform). “Vemos a empresa em uma posição desafiadora para competir com outros participantes que possuem uma escala global em um setor com uma pequena barreira de entrada”, explicam os analistas Erick Guedes e Fernando Labes, que assinam o relatório.

Os papéis estão entre os que mais sofrem neste ano, com uma desvalorização que já chega a 34%. O banco até projeta uma melhora das margens da empresa nos próximos trimestres por conta de uma competição mais branda (mas ainda agressiva) e o processo de revisão das operações da empresa. Apesar disso, não há expectativa para que as margens retornem aos mesmos níveis vistos anteriormente.

A empresa apresentou uma margem Ebitda (Ebitda sobre a receita líquida) de apenas um dígito nos últimos quatro trimestres e ficou negativa nos primeiros três meses deste ano. O Safra chama a atenção para o aumento de participação de mercado da HP e da Acer desde 2010 e, mais recentemente, da Samsung. “Isso é uma clara evidência sobre como os consumidores são altamente sensíveis aos preços dos computadores e das baixas barreiras de entradas no setor”, ressaltam.

Os últimos repiques de alta das ações da empresa têm acontecido apenas sob rumores de uma possível venda da empresa. A última vez que isso aconteceu foi no dia 16 de setembro, quando dispararam 15,6%. A empresa, contudo, negou mais uma vez que esteja em negociações. Apenas em 2011, a diretoria precisou vir ao mercado quatro vezes para negar os rumores. Em 2010, os boatos forçaram mais um esclarecimento em 7 de abril e, em 2009, no dia 10 de dezembro. Isso contando os mais recentes.

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