Sede do Banco da Inglaterra em Londres: a S&P projetou que a alta do PIB no próximo ano deve superar os níveis de 2008 pela primeira vez desde a crise financeira global (Dan Istitene/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2013 às 05h51.
São Paulo - A agência de classificação de risco S&P manteve o rating de longo prazo do Reino Unido em AAA. A perspectiva também foi mantida em negativa, assim como a nota de curto prazo continuou em A-1+.
A S&P disse que o governo do Reino Unido continua a se beneficiar da "excepcional flexibilidade monetária", em um momento no qual a economia mostra sinais de recuperação, apesar de amplamente fundamentada no consumo privado e nos investimentos residenciais.
A agência de classificação de risco também manteve os ratings AAA/A-1+, de longo e curto prazo, do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).
"Nossas notas no Reino Unido são sustentadas pela nossa visão do compromisso do governo em consolidar o déficit orçamentário em direção a um equilíbrio até 2018, e a habilidade dos formuladores de políticas e a vontade para solucionar rapidamente desafios econômicos", afirmou a agência, em relatório.
A S&P espera que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real alcance uma média de mais de 2% de 2013 a 2016, o que é "notavelmente maior do que quando afirmamos os ratings do Reino Unido em abril deste ano".
O cenário base da agência de classificação de risco prevê que o Reino Unido apresentará uma melhor produtividade no próximo ano, o que deverá sustentar o retorno a ganhos reais nos salários e um crescimento mais sustentável. Ao mesmo tempo, eles preveem uma melhora na balança comercial, sujeita à demanda externa.
A S&P projetou que a alta do PIB no próximo ano deve superar os níveis de 2008 pela primeira vez desde a crise financeira global. No ano fiscal de 2014-2015, as projeções da S&P para as necessidades de financiamento do setor público do Reino Unido caíram mais 1% do PIB. Essa poupança deve se repetir nos próximos quatro anos, influenciada por um ciclo empresarial mais forte, afirmou a agência.
Nesse contexto, a dívida geral do governo deve atingir o pico um ano antes do previsto anteriormente, em 2015, e a um nível mais baixo, a 89% do PIB.
A agência de classificação de risco também elogiou a flexibilidade monetária do Reino Unido, ao permitir que salários e preços se ajustem rapidamente em relação aos seus parceiros comerciais. "Isso acelera a resiliência econômica e a competitividade sem gerar deflação."
As projeções da agência de classificação de risco assumem que o Reino Unido permanecerá como membro da União Europeia.