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S&P diz que política fiscal do Brasil está na mira

A diretora da agência vê como positivo o fato de o governo estar liberando os preços da energia elétrica e dos combustíveis


	Sede da Standard & Poor's: Regina Nunes ressaltou ainda que para efeito de rating soberano não importa se um país é uma democracia ou uma ditadura
 (Scott Eells/Bloomberg)

Sede da Standard & Poor's: Regina Nunes ressaltou ainda que para efeito de rating soberano não importa se um país é uma democracia ou uma ditadura (Scott Eells/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2015 às 13h43.

São Paulo - A diretora para a América Latina da S&P, Regina Nunes, afirmou nesta quinta-feira, 2, que vê como positivo o fato de o governo estar liberando os preços da energia elétrica e dos combustíveis.

Para a presidente da S&P, ponto positivo também é a liberdade que a nova equipe econômica está dando para o câmbio flutuar. "O melhor sistema de câmbio é o flutuante, tem de flutuar", afirmou. Ela disse também que risco País e rating soberano são coisas diferentes.

Regina Nunes ressaltou ainda que para efeito de rating soberano não importa se um país é uma democracia ou uma ditadura.

De acordo com ela, o que importa é um pais não ter dívidas ou, se as tiver, a sua capacidade de honrá-las.

Segundo Regina, há países pouco democráticos que têm uma qualidade boa de dívida que lhes conferem rating AAA.

Regina falou no fórum do Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros (IBEF) sobre os "100 dias do Governo" após um debate político em que uma das partes atacou, recorrendo a adjetivos, à presidente da República, Dilma Rousseff. Segundo a presidente da S&P para a América Latina, a agência vai continuar olhando para a dinâmica da dívida do Brasil, para a capacidade do País de reduzi-la.

"A capacidade de um país reduzir sua dívida é muito importante. Vamos continuar monitorando a política fiscal do Brasil" afirmou. Ao falar do sistema bancário, Regina disse que no Brasil ele e sólido e que dez grandes bancos são responsáveis por 90% do sistema, "São bancos grandes e fortes. Não vemos possibilidade de risco bancário sistêmico", disse.

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