São Paulo - O dólar abriu em leve queda nesta sexta-feira, 28, pressionado pela rolagem de contratos de derivativos, que vem sendo observada nos últimos dias. Mesmo assim, a sessão deve ser volátil, em meio à movimentação dos agentes para defesa de suas posições vendidas (bancos) e compradas (estrangeiros e fundos), já que na segunda-feira, 31, será definida a taxa Ptax que liquida os contratos de março.

Por volta das 9h35 o dólar à vista no balcão caía 0,22%, a R$ 2,2620. No mercado futuro, entretanto, o dólar para abril avançava 0,27%, a R$ 2,2680. Há espaço para uma recuperação parcial do dólar, que na semana até ontem acumulou perdas de 2,45% e encerrou a quinta-feira a R$ 2,2670, o menor nível desde 4 de novembro de 2013.

Em relação à rolagem em curso do vencimento de US$ 10,148 bilhões em swap cambial em 1º de abril, a percepção dos agentes financeiros é de que o Banco Central não deve fazer a renovação integral desse compromisso, deixando de rolar cerca de US$ 2,6 bilhões - montante que seria resgatado do mercado pelo BC.

Hoje, o Banco Central faz o 15º leilão para rolagem de parte dos contratos de swap cambial que vencem de abril. Serão comercializados até 10 mil papéis, divididos em dois vencimentos: 02/01/2015 e 02/03/2015, a partir das 11h30. Antes, às 9h30, o BC oferta a ração diária de US$ 200 milhões, para dois vencimentos, que pode favorecer o enfraquecimento do dólar.

Entre as moedas ligadas a commodities, o yuan chinês fechou em alta ante o dólar nesta sexta-feira, com as vendas da moeda norte-americana ganhando força após as divisas se aproximarem de um nível psicologicamente importante, apesar de o Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) ter estabelecido sua taxa de referência diária no menor nível em seis meses. 

No mercado de balcão, o dólar estava em 6,2122 yuans no fim do dia em Xangai, abaixo de 6,2130 yuans no fechamento de quinta-feira, 27.