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Renúncia no Banco Central Europeu revela tensão sobre rumo da crise

Jürgen Stark era um dos críticos do programa de recompra de títulos do BCE

Saída é um golpe para a missão do BCE em prever o espalhamento da crise da dívida europeia (Georges Gobet/AFP)

Saída é um golpe para a missão do BCE em prever o espalhamento da crise da dívida europeia (Georges Gobet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2011 às 12h31.

São Paulo – A ruptura de ideias dentro do Banco Central Europeu foi escancarada nesta sexta-feira com a renúncia de um dos seus diretores. Jürgen Stark disse em um comunicado que, por motivos pessoais, não irá mais ocupar o cargo cujo mandato só seria encerrado em 31 de maio de 2014. O economista é um dos opositores das medidas recentes adotadas pela autoridade monetária que visam controlar a crise da dívida dos países da zona do euro.

A reação do mercado à notícia foi péssima e as bolsas da Europa operam em forte queda. Em Frankfurt, o índice DAX 30 recua 3,09%. Na França, o CAC 40 cai 3,11% e, em Londres, a bolsa se desvaloriza em 1,6%. Nesta manhã, o euro chegou a cair para US$ 1,3697, seu nível mais fraco desde fevereiro. A moeda europeia também se aproximou da mínima de seis meses em relação ao iene.

Segundo a Reuters, o principal motivo da saída de Stark tem relação a um conflito sobre o programa de compra de bônus soberanos do banco. Segundo o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, o vice-ministro de Finanças da Alemanha, Joerg Asmussen, pode ser escolhido para substituir Stark. O mercado avalia que a saída de Stark, apenas dois meses antes do final do término do comando do presidente do BCE, Jean Claude Trichet, é um golpe para o BCE em sua tentativa de prever o espalhamento da crise da dívida europeia.

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