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Regular agências de classificação é contraproducente, diz Moody's

Segundo uma das três grandes empresas do setor, o projeto apresentado pelas autoridades europeias contradiz o objetivo de estabilidade dos mercados

A Moody's se opõe, sobretudo, que empresas que emitem produtos financeiros tenham que mudar de agência a cada três anos (Stan Honda/AFP)
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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2011 às 11h17.

Frankfurt - O projeto de regulação das agências de classificação apresentado pelas autoridades europeias contradiz o objetivo de estabilidade dos mercados, criticou nesta quarta-feira o presidente da Moody's , uma das três grandes agências, no jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung.

"Consideramos que as propostas da Comissão contradizem os objetivos de estabilização dos mercados de crédito e a promoção da confiança dos investidores nas classificações", declarou Michel Madelain ao jornal alemão.

"Tememos que estas medidas afetem a qualidade e a independência das classificações e fomentem a volatilidade dos mercados", insistiu.

Madelain critica as medidas apresentadas pela Comissão Europeia para regular a atividade das agências de classificação, que, de qualquer forma, será muito mais suave do que se pretendia inicialmente.

O chefe da Moody's se opõe, sobretudo, que empresas que emitem produtos financeiros tenham que mudar de agência a cada três anos.

"Isto vai suprimir qualquer incentivo de aumentar a qualidade e a atuação a longo prazo da classificação", segundo ele.

A tentativa de controlar os métodos de classificação pode dar a impressão de que "as opiniões das agências de classificação sobre a dívida europeia são as opiniões dos reguladores europeus", acrescentou.

A Moody's e as agências de classificação Standard & Poor's e Fitch controlam 90% do setor.

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"Consideramos que as propostas da Comissão contradizem os objetivos de estabilização dos mercados de crédito e a promoção da confiança dos investidores nas classificações", declarou Michel Madelain ao jornal alemão.

"Tememos que estas medidas afetem a qualidade e a independência das classificações e fomentem a volatilidade dos mercados", insistiu.

Madelain critica as medidas apresentadas pela Comissão Europeia para regular a atividade das agências de classificação, que, de qualquer forma, será muito mais suave do que se pretendia inicialmente.

O chefe da Moody's se opõe, sobretudo, que empresas que emitem produtos financeiros tenham que mudar de agência a cada três anos.

"Isto vai suprimir qualquer incentivo de aumentar a qualidade e a atuação a longo prazo da classificação", segundo ele.

A tentativa de controlar os métodos de classificação pode dar a impressão de que "as opiniões das agências de classificação sobre a dívida europeia são as opiniões dos reguladores europeus", acrescentou.

A Moody's e as agências de classificação Standard & Poor's e Fitch controlam 90% do setor.

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