Mercados

Referendo na Escócia leva bolsas da Europa a recuar

Dados negativos da economia chinesa inspiraram ainda mais cautela entre os investidores, mas algumas notícias corporativas agitaram este pregão


	Bolsa de Lisboa: o PSI-20 baixou 1,25%, para 5.822,50 pontos
 (Mario Proenca/Bloomberg)

Bolsa de Lisboa: o PSI-20 baixou 1,25%, para 5.822,50 pontos (Mario Proenca/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2014 às 15h35.

São Paulo - A maior parte das bolsas europeias iniciou a semana registrando retração, com os investidores demonstrando uma certa aversão a risco na semana em que ocorre o referendo sobre a independência da Escócia e a reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).

Os dados negativos da economia chinesa, divulgados no fim de semana, inspiraram ainda mais cautela entre os investidores, mas algumas notícias corporativas agitaram este pregão.

Em Paris, o CAC-40 baixou 0,29%, para 4.428,63 pontos, enquanto em Madri o Ibex-35 teve retração de 0,44%, para 10.841,30 pontos, e em Milão, o FTSE-MIB caiu 1,04%, para 20.851,72 pontos.

Em Lisboa, o PSI-20 baixou 1,25%, para 5.822,50 pontos e, em Londres, o FTSE-100 caiu 0,04%, para 6.804,21 pontos.

Na contramão, o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, teve leve valorização, de 0,09%, para 9.659,63 pontos.

Os números de atividade na China reforçaram a percepção de que a segunda maior economia do mundo mantém trajetória de desaceleração.

A produção industrial subiu 6,9% em agosto ante igual mês do ano passado, o pior desempenho desde dezembro de 2008 e abaixo da previsão dos analistas, que era de ganho de 8,7%.

Os dados de vendas no varejo e de investimentos em ativos fixos não rurais também surpreenderam negativamente o mercado.

A decepção com a China se somou à ansiedade diante da possibilidade de divisão do Reino Unido e de novidades na política monetária americana.

Na próxima quarta-feira, depois de o Fed anunciar sua decisão de política monetária, a presidente da instituição, Janet Yellen, concederá entrevista coletiva, na qual poderão ser dados mais sinais sobre o momento em que terá início o novo ciclo de alta de juros nos EUA.

No dia seguinte, os escoceses decidem se votam pela independência do país. As pesquisas mais recentes indicam vitória do "não".

Entre as ações de destaque desta sessão estão as da SABMiller, que subiram 9,82% em Londres após fontes do mercado afirmarem que a Anheuser-Busch InBev está em negociações com bancos um possível financiamento para lançar uma oferta de compra pela companhia. Na Bolsa de Bruxelas, os papéis da Anheuser-Busch InBev subiram 2,82%.

Já em Amsterdã, as ações da Heineken avançaram 1,26%, após a holandesa rejeitar a proposta de incorporação da rival SABMiller.

A assessoria financeira Kepler Cheuvreux disse que a proposta da SABMiller foi definida como um movimento defensivo contra uma possível proposta da Anheuser-Busch Inbev de tomar o controle da companhia e que a empresa não ficou surpresa com a recusa.

Segundo uma fonte, a SABMiller analisa uma nova proposta pela Heineken.

Além do setor de bebidas, o de aviação também chamou a atenção neste pregão.

As ações da Air France KLM caíram 3,25%, após a empresa informar que deve operar somente metade dos voos previstos nesta segunda-feira, 15, como resultado de uma greve que deve começar no início da próxima semana.

Já os papéis da Lufthansa baixaram 1,18% diante de informações de que os pilotos devem fazer na terça-feira a quarta greve em um mês. Com informações da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:CACDAXFTSEIndicadores econômicosMercado financeiro

Mais de Mercados

Netflix supera expectativa e registra 277 milhões de assinaturas pelo mundo

Ações da CrowdStrike caem 18%, com apagão cibernético; CEO diz que falha está 'sendo corrigida'

Microsoft chega a cair quase 3% no pré-mercado após apagão cibernético

Bloqueio de R$ 15 bi e corrida eleitoral americana: os assuntos que movem o mercado

Mais na Exame