Mercados

Reajuste no preço de diesel faz dólar operar "de lado"

O dólar abriu em leve queda, de 0,15%, a R$ 1,9630, nesta quarta-feira, dia de anúncio de política monetária do Copom


	Às 8h48, o euro caía a US$ 1,3038, de US$ 1,3052 no fim da tarde de terça-feira (05). O dólar subia a 93,433 ienes, de 93,29 ienes no fim da tarde de terça-feira (05)
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Às 8h48, o euro caía a US$ 1,3038, de US$ 1,3052 no fim da tarde de terça-feira (05). O dólar subia a 93,433 ienes, de 93,29 ienes no fim da tarde de terça-feira (05) (Marcos Santos/USP Imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de março de 2013 às 10h43.

São Paulo - A notícia de aumento de diesel pela Petrobras na véspera da reunião do Copom aumenta a expectativa do investidor em relação ao comunicado e o clima é de cautela no mercado de câmbio.

No exterior, o dólar opera de lado ante euro e iene, enquanto os investidores também aguardam por decisões de BCs do Canadá, Inglaterra, Europa e Japão entre esta quarta-feira e a quinta-feira (07).

O dólar abriu em leve queda, de 0,15%, a R$ 1,9630, nesta quarta-feira, dia de anúncio de política monetária do Copom. Minutos depois, desacelerava para queda de 0,05%, a R$ 1,965, na máxima do dia. O dólar futuro para abril subia 0,03%, a R$ 1,9735.

A Petrobras pegou o mercado de surpresa ao anunciar, na terça-feira (05) à noite, um aumento de 5% no preço do óleo diesel nas refinarias, que entram em vigor a partir desta quarta-feira. É a quarta alta no preço do combustível desde junho do ano passado, sendo que o mais recente foi no final de janeiro.

"Essa decisão da Petrobras praticamente no dia do Copom deve trazer algum nervosismo para os mercados", comentou um operador de câmbio ao Broadcast.

Segundo ele, o mercado espera por um tom mais duro no comunicado desta quarta-feira do Copom, que sai após o fechamento dos negócios. Mas esse reajuste, em meio às preocupações com pressão inflacionária e crescimento econômico fraco, podem "complicar" um pouco a situação do BC.

Para esse mesmo operador, o dólar deve refletir o compasso de espera do investidor com relativa estabilidade, embora com viés ainda de queda. Ontem, o dólar fechou em queda de 0,51%, a R$ 1,9660 no balcão. Há instantes, o contrato futuro para abril era cotado a R$ 1,970, com queda de 0,10%.


O mercado doméstico também irá observar o resultado do fluxo cambial de fevereiro, que sai às 12h30. Em janeiro, a saída de dólares do País superou a entrada em US$ 2,386 bilhões.

Às 8h48, o euro caía a US$ 1,3038, de US$ 1,3052 no fim da tarde de terça-feira (05). O dólar subia a 93,433 ienes, de 93,29 ienes no fim da tarde de terça-feira (05).

A moeda da zona do euro reagiu pouco à notícia de que o Produto Interno Bruto (PIB) do bloco no quarto trimestre teve contração de 0,6% em comparação com o terceiro trimestre e de 0,9% em relação aos três últimos meses de 2011.

Com a revisão para baixo nos dados do primeiro trimestre do ano passado, a zona do euro está em recessão há 15 meses.

Entre moedas correlacionadas a commodities, o dólar americano subia 0,13% ante o dólar canadense, perto das 8h30, diante da expectativa com a decisão de política monetária do país, a ser anunciada mais tarde.

Analistas esperam que o BC do país mantenha os juros inalterados, como tem feito nos últimos dois anos e meio. No mesmo horário, o dólar caía ante o australiano (-0,10%) e a rupia indiana (-0,34%).

As principais bolsas europeias e os futuros de Nova York exibem valorização nesta manhã, mostrando que ainda há apetite após o rali de ontem em Wall Street, que levou o Dow Jones a fechar em nível recorde.

Em tempo: A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) encerrou fevereiro em 0,20%, depois de subir 0,31% em janeiro, ficando no piso do intervalo das estimativas coletadas pelo AE Projeções, entre 0,20% e 0,49%, com mediana estimada, de 0,35%.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMoedas

Mais de Mercados

O que é 'carry trade'? Entenda a operação por trás das quedas do mercado nesta segunda-feira

O que é a Regra de Sahm e por que ela acende alerta de recessão nos EUA

Caos nas bolsas: mercado precifica possível corte de emergência do Fed

“Reação absolutamente extremada”, diz CEO do Bradesco sobre queda dos mercados

Mais na Exame