Rali no Brasil, dólar, Cogna, Sabesp e o que move o mercado
Bolsas europeias e futuros em Nova York sobem na manhã desta quinta-feira, enquanto o petróleo opera estável no patamar de US$ 115
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2022 às 07h26.
Última atualização em 24 de março de 2022 às 07h30.
A bolsa brasileira continua no seu rali particular impulsionado pela valorização de commodities e pela entrada do investidor estrangeiro e o movimento deve ser o principal driver dos negócios mais uma vez nesta quinta-feira, dia 24 de março. O Ibovespa alcançou o patamar de 117.400 pontos, o mais elevado em mais de seis meses.
A dúvida de investidores é saber qual a duração desse movimento, que se reflete também na cotação do dólar: a moeda americana encerrou a sessão na véspera negociada a R$ 4,844, a menor cotação em dois anos, desde março de 2020. A desvalorização do dólar de cerca de 15% em relação ao real é a maior entre as principais moedas do mundo no ano.
Segundo analistas e estrategistas, o movimento deve continuar, motivado principalmente pelo diferencial de juros entre o Brasil e países desenvolvidos e pelo desequilíbrio entre oferta e demanda em commodities produzidas no país, como petróleo e minério de ferro. O petróleo do tipo WTI é negociado na casa de US$ 115 nesta quinta em Nova York, sustentando uma forte alta acima de 50% no ano.
O Ibovespa, não por acaso, tem sido impulsionado por empresas como Petrobras (PETR3, PETR4) e Vale (VALE3), além de alguns dos maiores bancos do país, como Itaú Unibanco (ITUB4) e BTG Pactual (BPAC11).
Investidores devem reagir também aos resultados divulgados na noite de quarta, como os da Hapvida (HAPV3) e da Locaweb (LWSA3). Os da operadora de saúde foram considerados decepcionantes como parte do mercado.
Na agenda do dia, Cogna (COGN3) e Sabesp (SBSP3) divulgam os seus balanços do quarto trimestre depois do fechamento do mercado.
No exterior, os futuros dos índices de ações em Nova York operam em alta na manhã desta quinta, bem como as principais bolsas europeias, na medida em que investidores parecem ter precificado boa parte do esperado aumento da taxa de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve.
Na agenda de investidores agora pela manhã está a divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego na economia americana na última semana, com a expectativa do mercado de 210 mil solicitações. Isso representaria o menor número desde o fim de 2021 e, portanto, um sinal de que a maior economia do mundo continua saudável no mercado de trabalho -- e que o Federal Reserve pode dar prosseguimento ao ciclo iniciado de aperto monetário.