O que distingue os grandes investidores globais, especialmente os americanos, dos brasileiros é o planejamento de longo prazo e a alocação muito diversificada em diversas classes de ativos e geograficamente bem distribuída. (Stock/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 8 de setembro de 2023 às 13h06.
Última atualização em 8 de setembro de 2023 às 13h08.
O HSBC agora prevê que o dólar continuará a se fortalecer no próximo ano diante de perspectivas piores para a economia global.
O divisa americana deve subir à medida que o crescimento fraco na Europa e na China aumenta a aversão ao risco e impulsiona a demanda por ativos ligados à economia dos EUA, escreveram estrategistas do banco.
Todas as principais moedas registraram depreciação frente ao dólar no mês passado. Pesos pesados dos mercados emergentes, como o yuan e a rupia indiana, chegaram perto de mínimas históricas. O real teve desvalorização de 4,6%.
“À medida que o aperto monetário começa a fazer efeito, uma perspectiva vacilante de crescimento global deverá beneficiar ainda mais o dólar”, disseram.
esmo se as perspectivas globais se tornarem ainda mais sombrias, os EUA parecerão relativamente mais atrativos e o dólar poderá resistir a qualquer ciclo de flexibilização do Federal Reserve, segundo o HSBC.
O Bloomberg Dollar Spot Index, que acompanha a divisa americana frente às principais moedas, caminha para a oitava semana consecutiva de ganhos, a sequência mais longa em dados que remontam a 2005.
O banco agora prevê que o euro cairá para perto da paridade, a US$ 1,03, no primeiro trimestre de 2024, ante estimativa anterior de US$ 1,15. O iene poderá se enfraquecer para 148 por dólar no mesmo período, uma mudança acentuada em relação à previsão anterior de 132.
Hedge funds como K2 Asset Management e a AVM Capital compartilham a visão do HSBC de que o rali do dólar ainda tem fôlego. Os juros futuros nos EUA precificam uma chance de cerca de 50% de mais uma alta de juros do Fed antes do final do ano, aumentando ainda mais o apelo da moeda americana.
Com “uma perspectiva mais difícil para a Europa, China e outras economias, o mercado poderá ver cada vez mais riscos negativos para o crescimento global e se voltar ainda mais para o dólar”, escreveu o HSBC.