R$ 180 milhões por dia: Quem é o brasileiro que perdeu mais dinheiro em 2022 — até agora
Fortuna de bilionário encolheu quase pela metade desde o início do ano — perdas beiram as de Elon Musk, a pessoa mais rica do mundo
Guilherme Guilherme
Publicado em 15 de agosto de 2022 às 12h39.
Última atualização em 15 de agosto de 2022 às 13h43.
Altas de juros, inflação e expectativa de desaceleração econômica têm provocado perdas significativas em fortunas de alguns dos maiores bilionários do mundo. O cenário, no entanto, tem sido ainda mais desafiador para os grandes nomes da indústria de tecnologia.
Ninguém perdeu mais dinheiro no ano do que Mark Zuckerberg, CEO da Meta (ex-Facebook), que além do cenário macroeconômico, tem sofrido com o mau momento operacional. A empresa registrou sua primeira queda de receita líquida frente ao mesmo período do ano passado no segundo trimestre. As ações acumulam desvalorização de 45% no ano.
Mas a desvalorização das ações da Meta não tem afetado apenas a fortuna de Zuckerberg. O brasileiro Eduardo Saverin, um dos co-fundadores do Facebook, viu sua fortuna encolher em US$ 8,16 bilhões desde o início do ano, segundo ranking de bilionários da Bloomberg. O montante equivale a cerca de R$ 180 milhões por dia e 45% de que tinha no fim do ano passado.
A variação dos papéis da Meta tem papel fundamental na fortuna de Saverin, 96,5% composta por ações da companhia. O restante do dinheiro, segundo levantamento da Bloomberg, é concentrado em dinheiro vivo e "ativos privados".
Eduardo Saverin está entre as 30 pessoas que mais perderam dinheiro desde o início de 2022. Elon Musk, que sofreu com a queda das ações da Tesla perdeu quase a mesma quantia de Saverin: US$ 8,52 bilhões. O homem mais rico do Brasil, Jorge Paulo Lemann, perdeu US$ 794 milhões no período.
A disparidade entre as perdas de Lemann e Saverin elevou ainda mais a diferença entre as fortunas. Lemann, com portfólio diversificado em diversos investimentos, tem fortuna avaliada pela Bloomberg em US$ 20,7 bilhões, enquanto a de Saverin, o segundo brasileiro mais rico, em US$ 10 bilhões.
Marcel Herrmann Telles e Carlos Sicupira -- que investem junto com Lemann no fundo de private equity 3G Capital -- aparecem na sequência entre os brasileiros mais ricos, com U$ 9,71 bilhões e US$ 8,32 bilhões.