Mercados

Quem subiu e desceu na bolsa com os resultados desta quinta-feira

Positivo, Telefônica, Braskem e MMX estão entre as principais a divulgar o balanço

As ações da Vivo caíram 1,1% após a queda de 15% no lucro líquido

As ações da Vivo caíram 1,1% após a queda de 15% no lucro líquido

DR

Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2012 às 17h36.

São Paulo – Em um dia um pouco mais calmo para os mercados financeiros no mundo, o Ibovespa quase conseguiu terminar no positivo. A bolsa encerrou abaixo dos 60 mil pontos, com uma desvalorização de 0,2%. O dólar comercial deu uma trégua em sua trajetória de alta e fechou com uma baixa de 0,26%, vendido a 1,95 real. Confira a seguir o desempenho das ações das principais empresas que publicaram os seus balanços nesta quinta-feira:

Positivo Informática (POSI3) +2,65%

A fabricante de computadores pessoais alcançou um lucro líquido de 11,6 milhões de reais no primeiro trimestre do ano. No ano passado, a empresa tinha registrado um prejuízo líquido de 30,3 milhões de reais. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 15,5 milhões de reais, ante um negativo de 22 milhões de reais no ano anterior. A receita líquida chegou a 457,9 milhões de reais, um crescimento de 8,6% na mesma comparação.

“Em nossa visão, apesar de o negócio de PCs provavelmente continuar difícil e ainda exposto às condições externas (competição, câmbio e juros), a Positivo está gradualmente demonstrando ao mercado que está agora com um controle melhor das variáveis ao seu alcance (custos e estoques), o que aumenta a previsibilidade dos seus resultados. Não podemos descartar a volatilidade potencial no futuro, mas agora estamos ficando mais confortáveis com as nossas estimativas para o final de 2012 e as principais variáveis para o preço-alvo de 9 reais”, destacam os analistas Valder Nogueira e Bruno Mendonça. A recomendação é de compra.

Braskem (BRKM5) -4,56%

A petroquímica teve um lucro líquido de 152 milhões de reais no início do ano, uma queda de 50% sobre os 305 milhões de reais registrados um ano antes. O Ebitda ficou em 787 milhões de reais, uma queda de 14%. A receita líquida foi 11% maior, passando de 7,388 bilhões de reais para 8,232 bilhões de reais.

“O resultado da Braskem foi fraco, mas em linha com as nossas estimativas e com o consenso de mercado. O resultado operacional foi impactado negativamente pela retração do spread (resina/nafta) no mercado internacional. Neste trimestre houve efeito extraordinário referente à indenização de contrato de fornecimento de propeno nos Estados Unidos, que impactou positivamente o resultado em R$ 236 milhões”, explica Rodrigo Fernandes, da Fator Corretora. A recomendação é de manutenção, com preço-alvo de 20 reais.

MMX (MMXM3) -3,72%

A mineradora do investidor Eike Batista teve um resultado afetado por chuvas e um menor preço do minério de ferro. A empresa terminou o primeiro trimestre com um lucro líquido de 49,3 milhões de reais, uma queda de 23% na comparação com o mesmo período de 2011. O Ebitda ficou em 4,2 milhões de reais, um recuo de 90%. As vendas de minério no período chegaram a 1,4 milhão de toneladas, um recuo de 13% na pasagem anual.


“O fraco resultado operacional da MMX está dentro de nossas expectativas, tendo em vista que as chuvas ocorridas no período foram expressivas e resultaram em um trimestre bastante desafiador para a companhia. Ratificamos nossas perspectivas positivas para os próximos anos, principalmente após a obtenção recente da licença de instalação para obras de expansão da Unidade Serra Sul”, diz Victor Penna, analista do BB Investimentos. A recomendação e o preço-alvo estão em revisão.

EzTec (EZTC3) +0,10%

A empresa terminou o primeiro trimestre com um lucro líquido de 78,263 milhões de reais, uma queda de 3,7% na comparação com o ano anterior. O Ebitda ficou em 73,132 milhões de reais, um avanço de 7,2%. A receita líquida alcançou 185,940 milhões de reais, um leve crescimento de 0,9%.

“O desempenho da Eztec está dentro da expectativa, pois já era esperado um desempenho mais fraco para o setor no 1T12 e mesmo assim a empresa conseguiu manter as margens elevadas e situação financeira bastante confortável”, explica a corretora Planner, em um relatório.

Vivo (VIVT3) -1,11%

A Vivo registrou um lucro líquido 15,2% menor que o registrado no ano passado, para 956,6 milhões de reais. A receita operacional líquida de serviços foi de 8,133 bilhões de reais, um avanço de 5,4%. O Ebitda foi de 2,847 bilhões de reais no período, um pequeno avanço de 0,3%. Os analistas do HSBC classificaram a queda nos resultados como consequência das “dores da integração” com a Telefônica.

“O aumento nos custos de serviços (em virtude do imposto associado com o número elevado de 3,23 milhões de adições líquidas e conteúdo de TV por assinatura), a alta acima da inflação nas despesas de call center e uma elevação de 22% A/A em despesas gerais e administração decorrente de um novo centro de dados e o aumento inflacionário nos contratos de manutenção foram as causas de uma contração de 150 pontos-base na margem ajustada”, ressaltam Richard Dineen, Sean Glickenhaus e Enrique Gomez Tagle, que assinam a análise. A recomendação é neutra, com um preço-alvo de 56 reais.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valores

Mais de Mercados

Ações da Tesla caem no aftermarket após queda de 45% no lucro do 2º tri

Biden sai e Kamala entra? Como o turbilhão nos EUA impacta as ações americanas, segundo o BTG

Por que Mohamed El-Erian, guru de Wall Street, está otimista com o cenário econômico

Ibovespa fecha em queda de 1% pressionado por Vale (VALE3)

Mais na Exame