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Queda recente das ações da OdontoPrev é injustificável, alerta HSBC

Desvalorização de 21,5% em duas semanas abre oportunidade de ganhos, destaca analista

Preço-alvo (dez/11) para os papéis da Odontoprev foi mantido em 27,50 reais pelo HSBC, um potencial de valorização de aproximadamente 35% (Germano Lüders/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2012 às 14h13.

São Paulo – Chegou a hora de comprar ações da OdontoPrev (ODPV3). Esta é a afirmação do HSBC, que em seu relatório elevou a recomendação das ações ordinárias da companhia para overweight (alocação acima da média de mercado). Para o analista Luciano Campos, o tombo de 21,5% das ações nas últimas duas semanas é injustificado. “Essa baixa está relacionada em grande parte com as preocupações com a inflação. Contudo, os lucros da OdontoPrev não são muito sensíveis à alta nos preços. Não podemos dizer quando a queda rápida observada nas últimas duas semanas acabará. Porém, as ações já parecem muito atrativas no preço atual”, lembra Campos. O preço-alvo (dez/11) para os papéis foi mantido em 27,50 reais, valor que representa um potencial de valorização de aproximadamente 35%.

OdontoPrev X Inflação

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O relatório destaca ainda que a inflação de custos pode ser compensada por ganhos de eficiência da empresa. “As indenizações representam aproximadamente 54% do total de custos e estão expostas à inflação através da tabela de preços que regulamenta os pagamentos aos dentistas por cada serviço prestado. Além disso, a frequência de uso por cliente também é um componente muito importante das indenizações. No caso de serviços odontológicos, a frequência diminui com o tempo se cada serviço for realizado com qualidade e se os clientes visitarem o dentista periodicamente. A OdontoPrev tem apresentado desempenho muito bom nesse sentido. Portanto, as indenizações podem aumentar menos que a inflação em 2011 e 2012”.

Segundo a avaliação do HSBC, outro fator importante é o preço protegido por contratos. Campos explica que eles possuem cláusulas de reajustes anuais atrelados a índices de inflação escolhidos pelo cliente. “No passado, quando a empresa estava em uma guerra de preços com a Bradesco Dental, essas cláusulas não eram muito impostas. Porém, o cenário competitivo dos próximos dois anos é bem diferente e as cláusulas provavelmente serão impostas”.

Por fim, o banco afirma que, conforme a empresa desenvolve novos canais de distribuição com o Bradesco, a expectativa é de um aumento da participação de menores contas corporativas na base de clientes, fato que pode elevar os preços médios acima da inflação nos próximos anos.

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