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Empresas de educação já derreteram R$ 4,5 bilhões na Bolsa

Dentre os papéis que compõem o Ibovespa, a maior queda de 2015 é da Kroton (-20%), seguida pela Estácio (-19%)


	Ações ordinárias da Kroton ficaram entre as mais rentáveis de 2014, avançando 75%
 (Getty Images)

Ações ordinárias da Kroton ficaram entre as mais rentáveis de 2014, avançando 75% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2015 às 16h12.

São Paulo – O ano mal começou e as empresas do setor de educação – consideradas antes defensivas na Bovespa - já estão afundadas em desvalorização. Dentre os papéis que compõem o Ibovespa, uma das maiores quedas de 2015 é da Kroton (-20%), seguida pela Estácio (-19%).

Fora do Ibovespa, as ações da Anima Educação e da Ser Educacional também amargam fortes perdas. Juntas, as empresas do setor de educação já derreteram 4,5 bilhões de reais em valor de mercado em três pregões, segundo dados da consultoria Economatica. Somente a Kroton viu 2,6 bilhões de reais de seu valor de mercado virarem pó desde que o ano começou.

Há uma semana, o Ministério da Educação mudou as regras para o Programa de Financiamento Estudantil (Fies), uma importante fonte de receita para estas companhias.

Com as novas regras, os estudantes precisarão tirar no mínimo 450 pontos no Enem para terem acesso ao benefício, e não poderão zerar a prova de redação.

“A introdução de uma nota mínima no Enem, no caso a mesma já utilizada para o ProUni, irá dificultar o acesso de uma gama de estudantes anteriormente contemplada sem restrições pelo programa, reduzindo assim as expectativas de captação das companhias com exposição ao FIES ao longo dos próximos anos”, explica o analista Lucas Marins, da Ativa Corretora.

A nova portaria alterou também o tempo de repasse dos recursos para as instituições de ensino, de 30 para 45 dias, o que deverá impactar negativamente o capital de giro das empresas que possuem alta participação do programa na composição de suas receitas.

“Acreditamos que a inesperada medida poderá trazer à tona o receio de intervenções governamentais e alterações regulatórias no setor, deteriorando assim a percepção de risco sobre as empresas do segmento, até então tidas como bastante defensivas”, completa Lucas Marins.

Vale lembrar que as ações ordinárias da Kroton ficaram entre as mais rentáveis de 2014, avançando 75%.

Veja abaixo o desempenho das ações neste ano:

Ação Desempenho em 2015
Kroton (KROT3) -20%
Estácio (ESTC3) -18%
Ser Educacional (SEER3) -23%
Anima Educação (ANIM3) -21%

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