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Privatização e melhora operacional devem beneficiar Cesp, diz Santander

Banco atualizou o preço-alvo para 2012 e manteve a recomendação de compra

Novo preço-alvo de R$ 38,50 até dezembro de 2012 representa um potencial de alta de 16,49% (Caio Coronel)

Novo preço-alvo de R$ 38,50 até dezembro de 2012 representa um potencial de alta de 16,49% (Caio Coronel)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2011 às 18h15.

São Paulo – A equipe de pesquisa do Santander atualizou nesta sexta-feira (22) o preço-alvo para as ações preferenciais de classe B da estatal paulista de geração de energia Cesp (CESP6), reiterando a recomendação de compra diante das perspectivas otimistas para a companhia, incluindo a renovação de concessões e a possibilidade de privatização.

Em relatório, os analistas Márcio Prado e Maria Carolina Carneiro ampliaram o preço-alvo de 33,40 reais até o final de 2011 para 38,50 reais até dezembro do próximo ano. O novo valor representa um potencial de valorização de 16,49% frente à cotação de 33,05 reais vista no fechamento do pregão de hoje, incluindo o pagamento de dividendos, ressalta o Santander.

Os analistas estimam que 2012 será um ano de grandes mudanças para a Cesp. Em sua análise, eles destacaram que atualmente a empresa registra um forte fluxo de caixa livre, desalavancagem contínua e paga altos dividendos. Eles preveem ainda que as concessões da companhia serão renovadas, o que ampliará as possibilidades de que a Cesp seja privatizada.

“Nossa visão otimista não inclui nenhuma melhora operacional (na Cesp), embora isso não deixe de ser uma possibilidade durante a privatização da empresa”, destacam. Caso a venda da estatal ocorra para o setor privado e a geradora de energia elétrica consiga reduzir seus custos, a expectativa dos analistas é que os papéis possam se valorizar em até 23%.

Projeções

Em linha com as expectativas de forte fluxo de caixa livre e desalavancagem no balanço da empresa, o Santander reiterou sua visão de que ainda há espaço para que a companhia amplie a distribuição de dividendos. A estimativa é que a rentabilidade cresça 8,3% em 2012 e 12% em 2013.

Em relação às concessões, a projeção é de que o governo decida renová-las na metade do próximo ano. “Acreditamos que maiores atrasos podem elevar o risco de rupturas no abastecimento do regulado mercado de energia brasileiro”, alertam os analistas.

Quando o assunto é privatização, a equipe de pesquisa do Santander acredita nesta possibilidade. “O governo do Estado de São Paulo tem interesse em privatizar a Cesp. Nós acreditamos que o único obstáculo que possa prevenir este processo é a incerteza em relação à renovação das concessões.”

Os analistas enfatizam que, “ocorrendo ou não a privatização, ainda há espaço para que a Cesp melhore suas operações”.

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