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Privatização da Eletrobras ficará para 2020 e ações caem na Bolsa

Governo discute o modelo de capitalização da estatal

Eletrobras: 2017, o Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou uma proposta para privatizar a companhia em um modelo similar ao da Embraer e ao da Vale (Pilar Olivares/Reuters)

Eletrobras: 2017, o Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou uma proposta para privatizar a companhia em um modelo similar ao da Embraer e ao da Vale (Pilar Olivares/Reuters)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 19 de fevereiro de 2019 às 12h08.

São Paulo - As ações da Eletrobras seguem em queda na Bolsa. Os papéis preferenciais registravam desvalorização de 3,28% e acumulam queda de 8% na semana.  Já os papéis ordinários caíam 2,65% no pregão de hoje,  com queda 5,73% na semana.

As ações repercutem a declaração da secretária-executiva do MME (Ministério de Minas e Energia), Marisete Pereira. À Folha de S. Paulo, ela afirmou que a privatização da Eletrobras não deve ocorrer este ano, como era previsto, isso porque o governo está reavaliando o modelo de capitalização.

Essa é uma pauta prioritária do ministério. É certo que faremos a capitalização. O ministro já afirmou que o processo está mantido. O que estamos discutindo é o modelo, como fazer. Pelo que vejo, deve ficar para 2020" , afirmou Marisete Pereira em entrevista ao jornal.

A equipe de analistas da corretora Guide Investimentos destacou que os ruídos em torno do processo de capitalização da Eletrobras podem trazer alguma pressão para as ações da estatal e ressaltou ainda que existem questionamento com relação ao modelo de privatização.

Os analistas lembraram que em 2017, o Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou uma proposta para privatizar a Eletrobras em um modelo similar ao da Embraer e ao da Vale. Nesta proposta, estava previsto um aumento de capital, diluindo a participação do governo.

O modelo proposto previa ainda que os ativos no segmento de geração seriam renovados em uma nova concessão por mais 30 anos, isto é, pagando uma taxa de outorga, o governo também teria uma golden share para indicar um membro ao conselho de administração e com direito de barrar alguns aspectos estratégicos da companhia. “Acreditamos que este modelo seria bem recebido pelo mercado. O processo é longo, e há diversas barreiras a serem enfrentadas.”

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