Mercados

Preços do cobre devem subir com terremoto no Chile

Nova York - Os preços do cobre devem subir quando os mercados globais de commodities reabrirem em reação ao forte terremoto que abalou o Chile, maior produtor de cobre do mundo. Analistas preveem altas em meio aos temores sobre o possível impacto do tremor sobre a oferta do metal, embora, até agora, os danos às […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

Nova York - Os preços do cobre devem subir quando os mercados globais de commodities reabrirem em reação ao forte terremoto que abalou o Chile, maior produtor de cobre do mundo. Analistas preveem altas em meio aos temores sobre o possível impacto do tremor sobre a oferta do metal, embora, até agora, os danos às operações das grandes mineradoras pareçam limitados.

"Eu espero uma abertura em alta", disse Bill O'Neill, da consultoria Logic Advisors. "Os problemas devem ser mais na área de energia e transportes, e não na estrutura das minas", comentou O'Neill. As avaliações dos danos a pontes, rodovias e portos estão sendo feitas. Se forem severos, poderão dificultar a entrega do metal ao mercado, mesmo que as minas continuem operando.

O Chile foi atingido por um terremoto de 8,8 graus no sábado e por diversos choques secundários posteriores.

A sessão de negócios de segunda-feira na Ásia começa quando ainda é noite de domingo em Nova York e as transações eletrônicas na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex) abrem às 20h (de Brasília) de domingo a quinta-feira.

Edward Meir, analista da corretora MF Global, disse que não se surpreenderá se os contratos para três meses na London Metal Exchange (LME) forem negociados com alta de US$ 300 a US$ 500 a tonelada quando os negócios foram abertos. Isso representaria um ganho de 13% a 23% por libra-peso do cobre da Comex. Na rodada livre de negócios (kerb) de sexta-feira na LME, o cobre em contrato para três meses subiu US$ 197,00 e fechou a US$ 7.195,00 a tonelada.

Mineradoras não esperam problemas maiores

Com boa parte do mundo ainda em crescimento lento, e os estoques dos armazéns e dos produtores relativamente elevados, os preços podem voltar a ceder quando os temores iniciais com o Chile forem superados, disse Meir. Até agora, algumas mineradoras disseram que não esperam problemas maiores, acrescentou. Se tiverem, uma alternativa pode ser redirecionar o metal para portos diferentes dos usados normalmente. "Não acredito que (o terremoto) tirará cobre do mercado, mas vai desacelerar o fluxo de exportações", acrescentou.

A estatal chilena Corporação Nacional do Cobre (Codelco) fechou as minas El Teniente e Andina depois dos cortes de energia. Mas a companhia concluiu que o terremoto não causou danos maiores e estava trabalhando para reabrir as minas, possivelmente na noite deste domingo.

O terremoto atingiu mais a parte sul do Chile. Embora haja operações no sul, as mineradoras de cobre se concentram no norte, disse O'Neill. Isso inclui a mina Escondida, a maior do mundo, com produção de cerca de 1,2 milhão de toneladas por ano. A BHP Billiton disse que Escondida não foi significativamente afetada. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaChileCommoditiesIndústriaMineração

Mais de Mercados

Airbnb lida com regulamentações de aluguel para expandir operação em diversos continentes

Shutdown evitado nos EUA, pronunciamento de Lula e Focus: o que move o mercado

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio