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Por que as bolsas sobem nos EUA apesar do desemprego?

Principais índices de ações do país acumulam valorização de aproximadamente 10% em 2011

Em um ambiente de política monetária muito agressiva, com os juros baixos, o capital busca investimentos mais arriscados como ações (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2011 às 16h53.

São Paulo – Como um país cuja economia enfrenta um desemprego de quase 9%, crescimento lento, moeda em desvalorização e preços do petróleo em alta pode ter um dos melhores desempenhos entre as principais bolsas no mundo?

Nicholas Colas, estrategista-chefe da ConvergEx Group, tenta responder a esta pergunta em relatório publicado hoje. Segundo ele, uma das explicações para tal comportamento é que a avaliação de ações é sempre e em todo lugar apoiada em dois fatores: resultados das empresas e as taxas de juros da economia.

O índice Dow Jones, o principal da bolsa de Nova York, acumula em 2011 uma valorização de quase 11%. O S&P 500 subiu 8,4% e o Nasdaq 100 avançou 8,3%.

Colas lembra que em um ambiente de política monetária muito agressiva, com os juros baixos, o capital busca investimentos mais arriscados como ações porque as alternativas de renda fixa trazem retornos insignificantes. “Isso mostra que as ações se descolaram dos seus fundamentos por meio da manipulação ativa do Federal Reserve (BC americano)”.

Para combater os efeitos da crise financeira e a falta de crédito, o presidente do Fed, Ben Bernanke reduziu o juro para quase zero, deixando a Fed Funds Rate (a taxa básica de juro da economia) em um nível entre zero e 0,25% ao ano. E tem sido assim desde 16 de dezembro de 2008, data do último corte na taxa.

A intenção de Bernanke, como o próprio já definiu, é valer-se do efeito riqueza criado pela valorização das ações, quase como um instrumento de política monetária.

A explicação alternativa é o crescimento dos resultados das empresas. O lucro por ação das empresas americanas no índice S&P500 passou de perto de zero no quarto trimestre do ano passado para 22 dólares por ação considerando os últimos balanços publicados.

“Francamente, acho que essa explicação não se sustenta porque o pessimista padrão é fundamentalmente orientado pela análise de ações, que permaneceu otimista durante a última década de estagnação do mercado de ações”, diz Colas.

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São Paulo – Como um país cuja economia enfrenta um desemprego de quase 9%, crescimento lento, moeda em desvalorização e preços do petróleo em alta pode ter um dos melhores desempenhos entre as principais bolsas no mundo?

Nicholas Colas, estrategista-chefe da ConvergEx Group, tenta responder a esta pergunta em relatório publicado hoje. Segundo ele, uma das explicações para tal comportamento é que a avaliação de ações é sempre e em todo lugar apoiada em dois fatores: resultados das empresas e as taxas de juros da economia.

O índice Dow Jones, o principal da bolsa de Nova York, acumula em 2011 uma valorização de quase 11%. O S&P 500 subiu 8,4% e o Nasdaq 100 avançou 8,3%.

Colas lembra que em um ambiente de política monetária muito agressiva, com os juros baixos, o capital busca investimentos mais arriscados como ações porque as alternativas de renda fixa trazem retornos insignificantes. “Isso mostra que as ações se descolaram dos seus fundamentos por meio da manipulação ativa do Federal Reserve (BC americano)”.

Para combater os efeitos da crise financeira e a falta de crédito, o presidente do Fed, Ben Bernanke reduziu o juro para quase zero, deixando a Fed Funds Rate (a taxa básica de juro da economia) em um nível entre zero e 0,25% ao ano. E tem sido assim desde 16 de dezembro de 2008, data do último corte na taxa.

A intenção de Bernanke, como o próprio já definiu, é valer-se do efeito riqueza criado pela valorização das ações, quase como um instrumento de política monetária.

A explicação alternativa é o crescimento dos resultados das empresas. O lucro por ação das empresas americanas no índice S&P500 passou de perto de zero no quarto trimestre do ano passado para 22 dólares por ação considerando os últimos balanços publicados.

“Francamente, acho que essa explicação não se sustenta porque o pessimista padrão é fundamentalmente orientado pela análise de ações, que permaneceu otimista durante a última década de estagnação do mercado de ações”, diz Colas.

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