Por que a Cyrela sobe e a MRV despenca após os números do início de 2012
As empresas de construção civil são mais uma vez destaque de queda no pregão
Da Redação
Publicado em 15 de maio de 2012 às 14h35.
São Paulo – Em outro dia de pregão tenso, a ponta de queda do Ibovespa volta a ter empresas imobiliárias e de construção civil como destaque. O índice IMOB , que acompanha as principais companhias do setor, cai 1,13% e tem a maior queda do dia. As ações têm sofrido com uma temporada com balanços que têm decepcionado os investidores e analistas.
A Rossi Residencial ( RSID3 ), que divulgou queda de 43,8% no lucro hoje, perde quase 4%. PDG, Brookfield, Tecnisa e Gafisa também caem. Mas o destaque principal fica para a MRV. Os papéis despencam e ocupam o incômodo lugar de pior desempenho da bolsa. Na mínima do dia, a desvalorização chegou a ficar acima de 14,6%.
MRV
Em relatório, o analista Flávio Ramalho Conde, do Banif, destacou que o resultado da MRV ( MRVE ) foi afetado por pontos como custos adicionais referentes a mais contrapartidas dadas para prefeituras e gastos com empreendimentos em fase mais avançada de construção. O lucro líquido recuou 23,9%, para 116 milhões de reais.
“O primeiro trimestre de 2012 foi um período de muitos desafios e resultados financeiros inferiores ao padrão e expectativas de nossa companhia”, admitiu a própria empresa nos comentários sobre o balanço. Os números também sofreram com a estratégia de manter seu cronograma e revisão nas premissas para o orçamento.
Além disso, as provisões para manutenção de imóveis subiram 12% em relação ao trimestre encerrado em dezembro, para 163 milhões de reais. “Acreditamos que os resultados operacionais (lançamentos e vendas contratadas) já irão crescer bem no segundo trimestre, em virtude do Feirão da Caixa, sendo que o econômico-financeiro deve melhorar somente a partir do terceiro trimestre”, afirmou o analista.
Apesar da perspectiva de melhora, como os resultados atuais vieram muito abaixo do previsto, ele reforçou a recomendação neutra para os papéis, mas com chances de forte alta. O preço-alvo é de 18,10 reais, o que sugere um potencial de valorização de 63% sobre o fechamento de segunda-feira.
Cyrela respira
Entre tantas quedas, uma das empresas ‘sobreviventes’ do setor no pregão de hoje é a Cyrela ( CYRE3 ), que já chegou a subir 4,53% na máxima do dia.
Embora não tenha surpreendido analistas, os números do primeiro trimestre da companhia agradaram o mercado. A empresa informou na noite de segunda-feira um lucro líquido de 118 milhões de reais, quase 60% maior que o mesmo valor do ano anterior.
Atrás apenas da Marfrig, a empresa se destacava entre as principais altas do Ibovespa nesta terça-feira.
Um dos destaques positivos do balanço, segundo analistas do HSBC, foi o consumo de caixa da companhia, que diminuiu 96% no trimestre e ficou abaixo das expectativas, contrário do que aconteceu com outras empresas do setor.
Em relatório enviado para clientes, os analistas Felipe Rodrigues e Leonardo Martins mantém a classificação neutra para os papéis, com preço-alvo estimado em 20 reais.
Confira os resultados completos da Cyrela
Confira os resultados completos da MRV
São Paulo – Em outro dia de pregão tenso, a ponta de queda do Ibovespa volta a ter empresas imobiliárias e de construção civil como destaque. O índice IMOB , que acompanha as principais companhias do setor, cai 1,13% e tem a maior queda do dia. As ações têm sofrido com uma temporada com balanços que têm decepcionado os investidores e analistas.
A Rossi Residencial ( RSID3 ), que divulgou queda de 43,8% no lucro hoje, perde quase 4%. PDG, Brookfield, Tecnisa e Gafisa também caem. Mas o destaque principal fica para a MRV. Os papéis despencam e ocupam o incômodo lugar de pior desempenho da bolsa. Na mínima do dia, a desvalorização chegou a ficar acima de 14,6%.
MRV
Em relatório, o analista Flávio Ramalho Conde, do Banif, destacou que o resultado da MRV ( MRVE ) foi afetado por pontos como custos adicionais referentes a mais contrapartidas dadas para prefeituras e gastos com empreendimentos em fase mais avançada de construção. O lucro líquido recuou 23,9%, para 116 milhões de reais.
“O primeiro trimestre de 2012 foi um período de muitos desafios e resultados financeiros inferiores ao padrão e expectativas de nossa companhia”, admitiu a própria empresa nos comentários sobre o balanço. Os números também sofreram com a estratégia de manter seu cronograma e revisão nas premissas para o orçamento.
Além disso, as provisões para manutenção de imóveis subiram 12% em relação ao trimestre encerrado em dezembro, para 163 milhões de reais. “Acreditamos que os resultados operacionais (lançamentos e vendas contratadas) já irão crescer bem no segundo trimestre, em virtude do Feirão da Caixa, sendo que o econômico-financeiro deve melhorar somente a partir do terceiro trimestre”, afirmou o analista.
Apesar da perspectiva de melhora, como os resultados atuais vieram muito abaixo do previsto, ele reforçou a recomendação neutra para os papéis, mas com chances de forte alta. O preço-alvo é de 18,10 reais, o que sugere um potencial de valorização de 63% sobre o fechamento de segunda-feira.
Cyrela respira
Entre tantas quedas, uma das empresas ‘sobreviventes’ do setor no pregão de hoje é a Cyrela ( CYRE3 ), que já chegou a subir 4,53% na máxima do dia.
Embora não tenha surpreendido analistas, os números do primeiro trimestre da companhia agradaram o mercado. A empresa informou na noite de segunda-feira um lucro líquido de 118 milhões de reais, quase 60% maior que o mesmo valor do ano anterior.
Atrás apenas da Marfrig, a empresa se destacava entre as principais altas do Ibovespa nesta terça-feira.
Um dos destaques positivos do balanço, segundo analistas do HSBC, foi o consumo de caixa da companhia, que diminuiu 96% no trimestre e ficou abaixo das expectativas, contrário do que aconteceu com outras empresas do setor.
Em relatório enviado para clientes, os analistas Felipe Rodrigues e Leonardo Martins mantém a classificação neutra para os papéis, com preço-alvo estimado em 20 reais.