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Por quanto tempo as ações do Google continuarão subindo?

Os papéis da empresa estavam próximos do recorde histórico de US$ 774,38


	A concorrência do setor móvel está se tornando o principal campo de batalha pela supremacia tecnológica, entre o Google, Amazon, Microsoft, Apple e Facebook

A concorrência do setor móvel está se tornando o principal campo de batalha pela supremacia tecnológica, entre o Google, Amazon, Microsoft, Apple e Facebook

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2012 às 13h53.

Nova York/São Francisco - As ações do Google vêm se mantendo próximas de um recorde de cotação, depois de uma alta de três meses e 30 por cento, alimentada pelo crescente otimismo quanto à publicidade na Internet. Mas Wall Street teme que o avanço possa estar perdendo o ímpeto.

As ações do Google estão próximas ao recorde histórico de 774,38 dólares, marca registrada em 5 de outubro. Para atingir um novo patamar, analistas e investidores dizem que a empresa precisa superar diversos riscos que poderiam solapar sua posição como segunda mais valiosa entre as companhias de tecnologia.

As preocupações mais imediatas estão centradas na concorrência do setor móvel, que está se tornando o principal campo de batalha pela supremacia tecnológica, entre o Google, Amazon, Microsoft, Apple e Facebook.

Os investidores apontam que o Google Android -- apesar de ser o software mais usado nos aparelhos móveis do planeta -- ainda não começou a propiciar crescimento significativo de receita. E a empresa ainda não articulou uma estratégia coerente na esteira de sua aquisição da fabricante de celulares Motorola Mobility, concluída em maio por 12,5 bilhões de dólares.

No longo prazo, uma onda crescente de pressão regulatória, nos Estados Unidos e no exterior, pode representar o maior risco que o Google já enfrentou em sua história.

As autoridades regulatórias estão questionando possível concorrência desleal da parte do Google, que supostamente favorece suas subsidiárias e serviços nos resultados de seu sistema de buscas, o produto central da empresa, e também o possível uso indevido de dados pessoais dos internautas para direcionar publicidade.

Ainda assim, 36 das 45 corretoras de investimentos que cobrem o Google em suas análises recomendam compra de suas ações, com um preço médio estimado em 845 dólares - o que significaria alta de 12 por cento ante a marca atual.

As mais otimistas entre as corretoras projetam valor de 910 dólares para as ações. E entre os administradores de carteiras de investimento, pelo menos um tem projeção de 1,3 mil dólares para as ações do Google, se computadas as crescentes reservas de caixa e os investimentos da empresa.


"O modelo de negócios deles bastaria para torná-los alvo fácil de muitos problemas judiciais", disse Kim Forrest, analista e administrador de carteira de investimento do Fort Pitt Capital Group, que até recentemente detinha ações do Google.

"Até o momento, eles administraram bem esse risco", disse Forrest, em referência às interações entre o Google e as autoridades regulatórias.

"Mas creio que esse seja o grande risco. A maioria dos investidores, tanto profissionais quanto de varejo, não compreende bem esse fato".

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